- 26 de novembro de 2024
Mecias, Chico e Jonatan na mira do MPF
"A situação crítica dos yanomamis está associada a um esquema de corrupção de compra e fornecimento de medicamentos, que deveriam ser entregues àqueles índios". A afirmação é do procurador Alisson Marugal, do Ministério Público Federal em Roraima.
Ele afirmou ontem, que indicados para chefias nos Dsei Leste e Dsei Yanomami, estão envolvidos nos casos de corrupção, desvio de dineiro público e, consequentemente, nas mortes de yanomami.
E quem indicou esses larápios, segundo o MPF?
Chico Rodrigues, investigado por desvio de dinheiro em contratos com a Sesau, e flagrado pela PF com R$ 33 mil de esquema escondidos na cueca. E o outro, não menos famoso, Mecias de Jesus, já condenado pela justiça federal acusado junto com a mulher Darbilene Rufino, de roubarem salários de servidores fantasmas. Pra justiça, o "casal Lalau".
Alisson Marugal, afirmou, também, que: “Esses distritos, por terem orçamentos grandes, são assediados e a nomeação é feita pelo Ministério da Saúde. Havia políticos que nomeavam os coordenadores de saúde e loteavam cargos-chaves para manipular as licitações. Há uma organização criminosa”, acusou Marugal.
Os DSEIs são subordinados, no Ministério da Saúde, à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), que no governo de Jair Bolsonaro foi coordenada por dois militares, e sabe quem é muito chegado a milico, um verdadeiro vivandeiro? Chico Rodrigues.
Segundo o procurador, os indicados de Mecias e Jonatan de Jesus no Dsei Yanomami “sabiam da crise de desnutrição, mas, mesmo assim, armaram um esquema de corrupção com os medicamentos. Não era grande o lucro em dinheiro — gerava cerca de R$ 3 milhões. Mas me chocou profundamente a insensibilidade por desviarem tão pouco e causarem uma crise tão grande”, disse Marugal.
Deixa eu informar ao procurador, uma coisa que todo mundo em Roraima sabe: Quem não tem pena de mandar a própria esposa para a cadeia, não vai ter pena de índio.