- 26 de novembro de 2024
Eleição para o Senado é que interessa para Bolsonaro
Pode ser que Jair Bolsonaro não suba em nenhum palanque em Roraima, mas, muito provavelmente, caso ele venha a subir em algum, deverá ser o de Teresa Surita e Édio Lopes.
Não adianta Antônio Denarium se rasgar junto com Hiran Gonçalves, e Telmário Mota abraçado com os outros dois fraquíssimos senadores Chico Rodrigues e Mecias de Jesus, ameaçar de dar porrada. E todos choramingarem com o mimimi de que o Progressista de Denarium, e o Pros, União Brasil e Republicanos dos demais, são da base governista.
Jair Bolsonaro é do PL, mesmo partido de Édio Lopes. Ontem, ele oficializou o senador Carlos Portinho, do PL-RJ, como novo líder do governo para substituir Fernando Bezerra do MDB-PE, que ficou na liderança no Senado desde o início do governo.
Ou seja, além de ser do partido de Édio, futuro candidato a vice-governador, o líder de Bolsonaro no Senado, também é do PL, que antes, repito, tinha liderança ocupada por um senador do MDB, de Teresa.
E é justamente, a eleição para o Senado que está o interesse do presidente pelo resultado do pleito em Roraima, já que, com menos de 1% do eleitorado, o estado não faz nem cósega no contigente eleitoral. Roraima tem os votos de um bairro médio de Manaus. Não decide eleição para presidente.
Porém, contar com um senador mais efetivo, mais propositivo, mais safo e que sirva, decidamente, para aprovar projetos do governo no Senado, é o que Bolsonaro espera contar, já que Telmário Mota e nada, para Bolsonaro, parece ser a mesma coisa. Telmário simplesmente passa despercebido tanto no plenário do Senado, como no Palácio do Planalto.
Bolsonaro quer revigorar sua base parlamentar no Congresso. E com a representação de Roraima no Senado, ele teve apenas o mais do mesmo. Chico Rodrigues que foi quarto vice-líder - ou seja, porra nenhum com título -, só foi isso porque empregava o sobrinho de Bolsonaro no seu gabinete.
Mecias de Jesus, depois de ser apontado pela imprensa como fraudador da eleição para a presidência do Senado, no primeiro dia de trabalho, fez Bolsonaro manter distância segura dele.
Então, se Roraima pode atender alguma expectativa de Bolsonaro é, em primeiro lugar, eleger um senador que lhe atenda, coisa que os três atuais estão aquém disso. Segundo, uma bancada de deputados federais. E em terceiro, o governo.
Se o presidente tivesse, realmente, interesse em reeleger Denarium, ele o teria levado para o PL. Mas, nem no Progressista, partido de Denarium, Bolsonaro quis se filiar.
Então, meus amigos, dá, agora, pra perceber em qual palanque Bolsonaro poderá subir em Roraima?