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FRANCISCO ESPIRIDIÃO

\'Enquanto uns se vão, outros chegam\'


Deus é Senhor!

Nesta sexta-feira (12), à tarde, tive a felicidade de assistir um dos espetáculos mais lindos da natureza. Lindo e eivado de adrenalina. Uma mulher dando à luz seu bebê dentro da cabine de um avião Cessna 206, que acabara de pousar no hangar do Governo.

Até aí nada de mais. Dar à luz bebês é fato normal. O mais importante nessa feliz história é que a parturiente, uma senhora de 39 anos, moradora da Vila Martins Pereira, sul do Estado, mãe de outros quatro filhos, sofria horrores desde a madrugada e tudo indicava que não iria ter o quinto.

O bebê estava atravessado na barriga. Melhor, sentado no útero. Depois de muito sufoco, primeiro apareceram as perninhas, depois, a cabeça - careca e meio roxa. Ou seja, Jahn decidiu nascer de forma pouco convencional.

Foi um sufoco sofrer junto com dona Josecilda, que se contorcia de dores, não podendo sequer ser removida do assento do avião em que estava deitada para a maca da ambulância do Samu, que aguardava para levá-la ao Hospital Materno Infantil.

O melhor mesmo foi, após o nascimento, ouvir o minúsculo Jahn dar aquele grito de vitória em forma de sufocante choro. Era o anúncio de que não veio a esse mundão para brincadeira. Mostrou ser um autêntico vitorioso.

Verdadeiro milagre de Deus. Venceu com galhardia o primeiro round da vida. 

E, mais inusitado ainda: veio ao mundo pelas mãos do próprio pai, o técnico de enfermagem de plantão no posto de saúde da Vila Martins Pereira, no sul do Estado, onde a família mora. 

Esse episódio maravilhoso de demonstração de que o Senhor nosso Deus é poderoso foi suficiente para me fazer esquecer a tristeza que me atormentava desde o momento em que saí de casa, pela manhã, até àquela hora da tarde (15h30).

É que, enquanto tirava o carro da garagem, de ré, não percebi que próximo ao pneu traseiro estava a minha gatinha de três meses, a Ninja, uma siamesa que fazia a alegria da casa com suas piruetas, ao lado do irmão, o Doc.

Os nomes da dupla de felinos, um tanto surreais para gatinhos tão pequeninos ainda, foram dados pelo Francisco. É assim mesmo. Enquanto uns se vão, outros chegam. Tudo para a Glória de Deus!

 (*) Jornalista, autor de Até Quando? (2004) e Histórias de Redação (2009); e-mail [email protected]

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