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Lula no sertão

Multidão a espera do Presidente


No sertão, uma romaria para ver o presidente

 
Eles vieram de longe, chacoalhando de um lado para outro nos ônibus empoeirados ou peruas escolares que as prefeituras do Jequitinhonha providenciaram para recepção ao presidente Lula e à ministra Dilma. A romaria começou às 4 da manhã. Era gente de Chapada do Norte, Jenipapo, Francisco Badaró e outros municípios do Vale: 3 mil convidados fizeram fila de perder de vista. Às 8 horas um sol inclemente já punia a multidão.
 
Muitos chegavam na carroceria de caminhões, como paus de arara. Houve quem venceu o desafio a pé. Elza Lemos, 29 anos, marchou duas horas, desde a roça de milho e amendoim, puxando pelas mãos os filhos, "que são dois santos, moço": Genilson, de 6 anos, e Geilson, de 4. "Tenho Bolsa-Família", ela dizia, com orgulho. "Eu tiro 112 reais."
 
A barragem que teve início em 1989 parou dois anos depois, mas foi retomada em 2003. "É obra redentora", disse o prefeito Marlio Costa (PDT). "O rio Setúbal ia sumir. Com a barragem renascem nossas esperanças e nossos sonhos." Foi uma festa para não esquecer. Além de roda de dança, a banda do maestro Zé Vieira tocou músicas populares e o Hino Nacional. Às 10h50, o helicóptero de Lula aponta lá no céu azul. A multidão delira, o trombone se manifesta e a banda de Zé Vieira manda um Cisne Branco.

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