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Márcio Accioly

O planeta já mergulhou numa nova era glacial


O COLAPSO DA TECNOLOGIA

 

Todos nós sabemos ou todos nós deveríamos saber que todas as coisas têm seu lado positivo e negativo. Existem argumentos prós e contras com cada qual dispondo de arsenal de brilhantes idéias, provando que o “sim” pode ser “não” e que o “não” pode ser “sim” com a mesma desenvoltura. O mundo se fixa em tais contrastes.

Foi Karl Marx (1818-83), quem disse que “tudo que é sólido dissolve no ar”. E este é o exemplo padrão de quem atirou no visível e acertou com todas as letras no invisível, até porque Marx não estava falando de astronomia ou ditando axioma sobre física ou química.

Bons roteiristas de cinema jamais conseguiriam descrever final de mundo como o que pode ser lido gratuitamente no endereço www.iceagenow.com , em inglês. Ali é exposto o colapso total a que nosso planeta Terra se encaminha, sem que haja a mínima possibilidade de interferência do ser humano. Quem irá prestar atenção?

Ainda no referido site, em artigo bem colocado, Phil Brennan diz numa passagem (tradução livre): “Mãe Natureza não toma conhecimento das tentativas absurdas e tolas por parte da humanidade que quer gerenciar o clima por leis e tratados”.

Isso em função da recente COP 15, na Dinamarca, Conferência da ONU Sobre Mudanças Climáticas.

Cientistas que dão suporte à página asseguram que o planeta já mergulhou numa nova era glacial, fato que acontece a cada 11 mil e 500 anos. Faz exatamente esse tempo que a Terra emergiu da última era glacial.

Não se sabe dizer a que velocidade o planeta entrará nessa nova Idade do Gelo. Não se sabe se os fatos irão ocorrer a muita ou pouca velocidade. Tudo na natureza tem seu próprio ritmo.

O que se diz e se prova como certo é que o Sol está diminuindo a sua atividade, (http://www.standeyo.com/NEWS/09_Pics_of_Day/091229.pic.of.day.html) e que no futuro acontecerão tempestades geomagnéticas que colocarão de cabeça para baixo este grão de areia em que vivemos.

Essas tempestades magnéticas estabelecerão correntes que irão corroer o metal nos gasodutos e oleodutos, tornando-os inúteis. As correntes destruirão satélites e todo o sistema de comunicação que une o mundo globalizado, deixando tudo como era antes, quando não se tinha a força da energia elétrica para trazer água e movimentar motores.

Imagine-se um mundo sem energia, água, internet, serviço de transporte, onde cada qual dependa de si próprio e nada mais funcione? Porque os aviões não poderão decolar e os navios não terão como navegar, pois seus sistemas de navegação estarão, além de tudo, fora de operação.

Será um mundo no qual o ser humano, por curto espaço de tempo, irá descobrir ser exatamente igual ao seu semelhante! E talvez ainda dê tempo lamentar que, se fosse possível ter absoluta certeza disso, o passado não teria sido tão duro na luta pela sobrevivência, com os povos matando-se uns aos outros numa organização social opressora e intolerante.

Num mundo onde tudo estará derretendo, o que restará de sólido no ar?

Não haverá futuro. Teremos apenas de ir levando e aguardando rápido desfecho final. Até o frio transformar a Terra numa bola de gelo e deixá-la arquivada onze mil e 500 anos. Um mundo de fato igualitário: sem dinheiro, automóveis, ou roupas de griffe.

O consolo é saber, como diz a página, que “Isto é um ciclo”, “Isto é um ciclo”, “Isto é um ciclo”. Afinal o que nos pertence de fato nesta vida? Somos massa de disposição multiforme, carregando dores que o esquecimento inflige.


 

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