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Raposa/Serra do Sol

Anchieta garante serviços e ações sociais na reserva


Anchieta garante serviços e ações sociais na reserva Raposa Serra do Sol

Francisco Espiridião/Secom
O governador José de Anchieta disse, nessa segunda-feira (21), em entrevista ao programa Rádio Verdade, da Equatorial 93,3 FM, que o Governo do Estado continua presente na terra indígena Raposa Serra do Sol da mesma forma que estava antes da homologação. Segundo ele, isso acontece porque o Governo federal fez a desintrução de não-índios e deixou as comunidades isoladas, sem assistência.
O Governo estadual supre a reserva indígena com óleo diesel para a geração de energia elétrica, mantém o transporte escolar nas comunidades, recupera estradas e pontes, entre outras atividades. “Hoje, o Estado continua pagando a conta do mesmo jeito”, disse o governador, lembrando que a Funai (Fundação Nacional do Índio) “demarcou e foi embora”. 
Anchieta explicou que sua maior relutância no caso da demarcação de Raposa Serra do Sol em área contínua advinha das dificuldades que poderiam surgir no futuro, quando de uma possível decisão de se construir a hidrelétrica no alto rio Cotingo, que fica no coração da área demarcada.
Além disso – citou o governador –, a demarcação prejudicou o Estado em razão de serem mais de 1,7 milhão de hectares, entre estes, grandes extensões de lavrados, áreas que poderiam ser usadas na produção de alimentos e que hoje se acham impedidas.
VALE SOLIDÁRIO – O governador disse que, apesar de o Estado haver passado por sérias dificuldades em função da crise que assolou o mundo, foi possível fechar o ano de 2009 com o Vale Solidário em dia. As duas últimas parcelas – novembro e dezembro – foram pagas no último fim de semana (19 e 20/12).
O governo cumpriu, assim, a promessa de que, antes do Natal, todas as parcelas do ano seriam pagas. A novidade ficou por conta do valor referente ao mês de dezembro. Anchieta havia prometido que essa parcela seria paga com acréscimo e foi isso o que aconteceu. Novembro ainda foi no valor antigo de R$ 60. A parcela de dezembro veio com 20 reais de acréscimo.
Anchieta creditou o sucesso na entrega do Vale à experiência que a secretária de Trabalho e Bem-estar Social (Setrabes) Marluce Pinto tem no trato com as pessoas. “Marluce teve a oportunidade, o privilégio e o prazer de acompanhar Ottomar por 30 anos, e isso lhe deu uma visão muito clara do trabalho social”.
Só no sábado e domingo foram atendidas 38 mil famílias na Capital, recebendo cada uma 140 reais. “Eu quero dizer que o tempo de crise já ficou para trás” ressaltou o governador, explicando que já conversou com os secretários de Fazenda e Planejamento, e “o Vale Solidário em 2010, na Capital, não vai atrasar nem mais um dia”. No interior, será pago de dois em dois meses.
SALÁRIOS DOS SERVIDORES – Anchieta lembrou também que as previsões daqueles que torcem contra o seu governo não se confirmaram. “Disseram que nós não iríamos conseguir pagar o décimo-terceiro, já pagamos; que nós não conseguiríamos pagar os salários de novembro em dia, nós pagamos; e agora, diziam que não teríamos recursos para pagar o mês de dezembro em dia. Eu quero afirmar aqui, em primeira mão, que o pagamento será feito antes do Natal”.
O governador confirmou para esta quarta-feira (23) a entrega de presentes de Natal para crianças carentes que moram na Capital. A entrega acontecerá a partir das 9h, no Parque Anauá. Anchieta garantiu que haverá ônibus grátis rondando por todos os bairros, apanhando a criançada. A entrega no interior acontecerá a partir de 1 de janeiro.
DEMARCAÇÕES – O governador José de Anchieta destacou que é “radicalmente contra” novas demarcações no Estado da parte do Governo federal .  O governador disse que no ato da assinatura do decreto que transferiu 6 milhões de hectares para Roraima, ficou uma ressalva que possibilitava novas demarcações. “Não especificava o tamanho e elas aconteceriam somente com a anuência do Governo do Estado”.
Anchieta explicou que enquanto for governador não vai concordar com nenhuma nova demarcação. “Eu quero tranquilizar as pessoas que eu não concordo e estamos fazendo um projeto para compensar com algumas áreas que já são definidas como de preservação ambiental”, disse, ressaltando que “o Estado não aguenta mais”.

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