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EDITORIAL

A sociedade espera um governo capaz de responder-lhe aos anseios


\"\"Hora de governar

O dia 16 de dezembro de 2009 tem tudo para entrar para a história do estado como o divisor de águas no tocante à governabilidade. Se antes, o chefe do Executivo não se sentia à vontade para imprimir dinâmica própria em razão dos vários motivos que saltavam aos olhos, a vitória acachapante no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) produziu quadro bem mais favorável.

O que a sociedade espera a partir de agora será um governo aguerrido, fortalecido, capaz de responder-lhe aos anseios. E, a contar pelo discurso do governador Anchieta Júnior, proferido no fim de tarde desta quinta-feira, no pátio frontal do Palácio Senador Hélio Campos, diante de uma platéia até certo ponto deslumbrada, isso será realidade.

O período de indefinição pode e deve ser depositado na conta do passado. Todos sabem, porém, que a absolvição das acusações de ilegitimidade no Executivo não será por si só apanágio capaz de sanar todos os males que afligem Roraima.

Afinal, o período de instabilidade foi longo e, como todo processo que se arrasta indefinidamente, esse também deixará marcas indeléveis tanto na administração como nas consciências populares. Mas essa doença não será câncer em fase terminal. Tem cura. O remédio capital será o azeitamento da máquina.

Tudo vai depender, no entanto, da ousadia a ser adotada pelo governador. Mexer onde precisa ser mexido. Se necessário, cortar na própria carne. Autoridade e legitimidade para tanto, ele adquiriu a partir da proclamação do resultado do julgamento naquela soturna sala do TSE, no Planalto Central.

O certo é que não haverá mais espaço para desculpas ou mesmo tolerância a desânimos em meio ao secretariado. Qualquer manemolência,  todo corpo mole, deve ser drasticamente castigado. Muito tempo já se perdeu até aqui. É chegada a hora de o Governo mostrar que governa. Para o bem de Roraima.

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