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Famílias respondem por 57% dos gastos com saúde no Brasil


Famílias respondem por 57% dos gastos com saúde no Brasil

Dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o gasto com a saúde representou 8,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2007. Esse número aponta um crescimento de 0,2% em relação a 2005.

Do total registrado, 57,4% (ou 128,9 bilhões de reais) foram gastos pelas famílias, enquanto 41,6% (93,4 bilhões de reais) ficaram a cargo do setor público, diz o relatório. As instituições sem fins lucrativos consumiram 2,3 bilhões de reais.

Outra disparidade em relação ao gasto do governo e das famílias está nas despesas com medicamentos. Segundo o IBGE, enquanto as famílias tiveram gastos de 44,7 bilhões de reais com remédios de uso humano em 2007, o governo consumiu dez vezes menos - 4,7 bilhões de reais, no mesmo período.

Segundo análise do IBGE, apesar dos avanços do Brasil no setor, a participação pública ainda é pequena quando comparada com os países ricos, que possuem 70% dos gastos cobertos pelo governo e somente 30% pelas famílias.

Crescimento - O setor de saúde cresceu 4,4% em 2007, menos do que o restante da economia (5,8%), mas ainda assim registrou aumento significativo do número de postos de trabalho, da geração de renda e do consumo das famílias. Em 2006, o crescimento foi de 4,3%, superior ao PIB (3,7%). No total, as atividades de saúde produziram renda de 137,9 bilhões de reais em 2007, o que corresponde a 6% de todo o PIB nacional. Em 2005, o setor produziu 101 bilhões de reais, o equivalente a 5,5% do PIB daquele ano.

Dentre as atividades da área, o segmento que tem maior participação no mercado é a saúde pública, que corresponde a 34,8% do total. Esse porcentual inclui também a produção dos hospitais universitários e militares, que ficaram de fora do primeiro estudo. Em seguida, com 19,7%, vêm outras atividades relacionadas à saúde e o comércio de produtos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e odontológicos (12,8%).

Apesar de o setor ter crescido em 2007 menos do que o restante da economia, quase todas as atividades relacionadas à saúde tiveram crescimento em relação ao ano anterior. A maior variação foi nos serviços sociais privados, que cresceram 6,5%. Em 2005 e 2007, as famílias consumiram o equivalente a 4,8% do PIB com saúde. Já os gastos da administração pública no setor aumentaram de 3,3% do PIB para 3,5%.

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