Por causa de boato

O deputado Flamarion Portela (PTC) usou a tribuna na manhã desta quarta-feira, durante sessão na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), para falar das ameaças que vem sofrendo nos últimos dias. A última surgiu na forma de um boato que ele teria sido assassinado.

Segundo o parlamentar, ligaram para a central de atendimento da Polícia Militar, de orelhão, avisando que ele teria sido assassinado. “Sem muita informação, os policiais ligaram para a imprensa para buscar mais dados. E logo em seguida comecei a receber ligações de jornalistas para saber do fato. O primeiro foi o Fábio Salgueiro, depois a Wanderléia Ferreira e Fernando Éder”, contou.

Logo em seguida, Flamarion começou a receber ligações de deputados e amigos que já tinham ficado sabendo da notícia do seu possível assassinato. “É no mínimo constrangedora essa situação. Fiquei em alerta e logo busquei meios de proteção, encaminhando ofício notificando o caso e pedindo providências ao secretário estadual de segurança pública”, informou o deputado.

Flamarion disse que as denuncias aconteceram depois de uma entrevista do governador Anchieta Júnior (PSDB) à Rádio Equatorial, onde ele (governador) teria lhe chamado baixinho, cearense, corrupto, safado e ladrão. “Com exceção do cearense, não me enquadro em nenhuma dessas acusações proferidas pelo governador e, por isso, solicitei cópia do programa a emissora de rádio e estarei tomando as providências cabíveis diante do fato”, enfatizou.

Para o deputado, a postura do governador é no mínimo desequilibrada, pois ele momento algum fez críticas à pessoa do governador e nunca lhe faltou com o respeito. “Entendo que o governador é a autoridade máxima deste Estado e não poderia tratá-lo de forma desrespeitosa. Faço sim, e continuarei fazendo, críticas à gestão do executivo estadual, a forma como Roraima tem sido governado e conduzido nestes últimos meses, pois não posso ser conivente com os disparates que vêm ocorrendo claramente à vista de todos”, destacou Flamarion.

O deputado disse ainda que não pode concordar com o que vem ocorrendo nesta gestão, onde quem governa é um primeiro ministro. “Essa é uma situação esdrúxula que vivemos em Roraima. E eu não torço contra esse Estado, como muitos afirmam, pelo contrário; escolhi essa terra para morar, criar minhas filhas e é aqui que quero ver os meus netos nascerem”, ressaltou.