00:00:00

J. R. Rodrigues

Na política, o maior “doutor” é o voto


A dança dos pequenos

 

Como tem sido praxe, em todas as eleições a partir de 1998 os chamados partidos pequenos têm feito – literalmente – a festa. Assim é que nomes desconhecidos da política tem alcançado cobiçadas vagas disputadas a tapa por grandes partidos e “cacicãos”  da política local.

Os partidos pequenos e as coligações formadas por estes tem suas regras e lógicas próprias, mas – invariavelmente – quando não há nenhuma “trairagem” por parte de seus dirigentes que “vendem” as “rabetas” e garante coligações com partidos tradicionais, ao nanicos elegem um, dois, três, etc., deputados estaduais, vereadores, etc.

Poucas pessoas lembram mais um destes pequeninos já elegeu até um governador em Roraima, é evidente que outros fatores influenciaram na eleição de Flamarion Portela em 2002, mas seu número era o 17, do minúsculo PSL que na eleição seguinte sequer chegou a concorrer em todos os cargos por falta de capilaridade.

Por isso, com vistas às eleições de 2010, não são apenas as grandes siglas que estão no salão de baile. Semana passada reuniu-se numa chácara próximo a Boa Vista, os partidos medianos ou de menor expressão. Lá estavam PSL, PRP, PV, PRTB, PRB, PDT e até o PTB que nem é tão pequeno assim, para tratar das eleições 2010.

Fato é que longe da pressão sobre candidatura A ou B, qualquer que seja o quadro e dotado do mínimo de inteligência, os cabeças terão que olhar com atenção para esse grupo.

Partidos pequenos no Brasil tem refletido a parábola das frágeis varas de bambu, uma você quebra fácil, mas 20, 30, etc., nem pensar. Assim é que os nanicos compõem um quadro interessante, pois basta olhar para as maquinas administrativas estadual e municipal e perceber que num dos poucos momentos da história política de Roraima, os chefes dos executivos tem prestigiado detentores de mandato, nada mais justo.

Não basta ser de família tradicional, não basta ser doutor fulano, na política o maior “doutor” é mesmo o voto. Não basta mais ser renomado ou ser aliado fiel, é necessário participar de um partido, cujo quadro de filiados, possua mandatários de preferência com boa perspectiva de vitória em 2010.

Na reunião, os partidos medianos querem mostrar em 2010, que não serão tão pequenos, como querem fazer crer os atuais políticos detentores de mandatos. Se duvidar, na pior das análises, percebe-se, que os lastros necessários para garantir o quociente eleitoral dos que querem se eleger podia ser averiguado na reunião. Obviamente, apenas na base da previsão estimativa, mas que acaba surtindo um resultado parecido quando os votos são conferidos.

As lideranças dos partidos em questão analisaram, como um dos maiores grupos políticos montados para uma eleição, mostrando a eqüitativa relação de forças entre os pretensos candidatos do grupo. Para eles a maturidade das pessoas reunidas, somadas as suas experiências em provas em urnas, mostra que o grupo, deve caminhar unido numa coligação para federal e buscarem composições que misturem matemática, bola de cristal e experiência política para buscarem a eleição de alguns estaduais e ainda assegurarem um naco do poder a partir de 2011, sejam quem seja o escolhido pelo povo de Roraima.

 

* Jornalista – [email protected]

 

Últimas Postagens