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Votação apertada

Dos sete membros do TRE-AM, quatro votaram pela absolvição do prefeito e três pela cassação de seu mandato.


\"\"TRE absolve Amazonino

O prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB), foi absolvido hoje pela corte do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) durante o julgamento do recurso que pedia a cassação do mandato dele. Amazonino é acusado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) de ter distribuído gasolina a eleitores na véspera do primeiro turno das eleições do ano passado.

O julgamento de Amazonino demorou mais de cinco horas e foi acirrado. Dos sete membros do TRE-AM, quatro votaram pela absolvição do prefeito e três pela cassação de seu mandato. A denúncia contra Amazonino foi feita pelo presidente licenciado do TRE-AM, desembargador Ari Moutinho, que flagrou a distribuição de combustível a correligionários do então candidato à prefeitura de Manaus.

A defesa, feita pelo ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Fernando Neves alegou que a gasolina foi distribuída a pessoas que trabalhavam no comitê de campanha de Amazonino e que não era destinada à "compra" de votos.

"Venceu a Justiça. Os membros da corte analisaram as provas e concluíram que não houve captação ilícita de sufrágio"(compra de votos)", disse o ex-ministro ao final do julgamento.

O procurador regional eleitoral, Edmílson da Costa Barreiros Jr. ainda não disse se irá recorrer da decisão da Corte. Ainda resta um recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, em casos semelhantes ao do prefeito de Manaus, votou pela cassação dos mandatos de candidatos que distribuíram combutível ou outros "brindes".

Além de contrariar decisões anteriores do TSE, o julgamento a favor de Amazonino contraria as evidências colhidas pela Polícia Federal, que investigou o caso e produziu um inquérito com mais de 500 páginas sobre o episódio concluindo que houve, sim, compra de votos.

A assessoria de comunicaçao de Amazonino Mendes informou que ele nao se manifestará publicamente sobre o julgamento desta terça-feira, mas que ele estava confiante na absolviçao.

Amazonino já foi governador do Amazonas por três vezes, senador e prefeito da capital, Manaus, outras duas vezes.

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