- 21 de outubro de 2024
O governador de Rondônia Ivo Cassol responde por compra de votos e abuso de poder econômico
Cassol foi cassado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e se manteve no cargo graças a uma liminar concedida pelo ministro Arnaldo Versiani, em novembro de 2008.
O Ministério Público Eleitoral afirmou que há evidências de que os crimes foram cometidos e ratificou, no último dia 8 de julho, seu pedido para manter a cassação dos diplomas de Cassol e de seu vice, João Aparecido Cahulla.
O documento, assinado pelo procurador-geral eleitoral, Antonio Fernando Souza, cita os depoimentos de cinco testemunhas que afirmam que funcionários de uma empresa de vigilância, que prestava serviços para o governo de Rondônia, teriam sido abordados, durante o período eleitoral, com propostas para votarem no candidato Ivo Cassol e em outros três nomes, em troca de R$ 100.
Segundo os depoentes, para a formalização do "negócio", os vigilantes teriam sido obrigados a assinar contratos de prestação de serviços, apelidados de contratos "formiguinha".
Inquérito da Polícia Federal, por meio da quebra de sigilo de funcionários da empresa de vigilância autorizada pela Justiça, concluiu que centenas de depósitos de R$ 100 foram feitos em agências do Banco do Brasil, entre a tarde do dia 28 e a manhã do dia 29 de setembro de 2006 - uma semana antes do dia das eleições, diz o MPE.
Segundo as investigações, os responsáveis pelos depósitos estão ligados ao então senador Expedito Júnior (PSDB) e ao governador.
Expedito, que foi cassado em julho pelo TSE e saiu do cargo definitivamente somente em novembro deste ano após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), é cotado para concorrer nas eleições indiretas em Rondônia.