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Cansados de abusos

Pelo o que se questionou nos interrogatórios da Polícia Federal colhidos junto aos empresários presos na semana passada na operação Êxodos, parece haver algum interesse de se relacionar as denúncias de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal, motivos das prisões, com nomes de candidatos adversários do senador Romero Jucá.


Edersen Lima, Editor

Pelo o que se questionou nos interrogatórios da Polícia Federal colhidos junto aos empresários presos na semana passada na operação Êxodos, parece haver algum interesse de se relacionar as denúncias de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal, motivos das prisões, com nomes de candidatos adversários do senador Romero Jucá.

Nos interrogatórios, perguntou-se sobre participação ou envolvimento ou relação de candidatos da base governista com remessas de dinheiro para fora do país. Citou-se nominalmente os nomes do ex-governador Neudo Campos, do presidente da Caer Evandro Moreira, de candidatos a deputado estadual todos ligados ao governador Ottomar Pinto.

Evandro Moreira, por exemplo, teve a casa invadida por policiais federais e foi detido, levado algemado, exposto para o público como um criminoso. E o do que ele foi acusado? Posse de uma arma velha não registrada.

Corre em Boa Vista a informação de que o atual superintendente da Polícia Federal, Cláudio Lima de Souza, teve sua indicação feita por Romero Jucá. Não seria nenhuma novidade isso. Romero é líder do governo Lula e mantém relação próxima com o ministro Tomás Bastos (Justiça) chefe maior da PF.

Uma pergunta: O que fez a Polícia Federal com relação à gravação do ex-servidor de Romero, Roberto Lopes, o Xuxa, acusando-o de receber o mensalão? A gravação é nítida de que não se tratou de nenhuma leitura de texto como se desculpa Xuxa.

Colaborando para as suspeitas de proteção ao candidato Romero Jucá, o Ministério Público Federal colhe depoimento do engenheiro Roberto Domingos acusando com documentos o senador de desviar equipamentos e materiais da obra do Terminal de Ônibus do Caimbé para a sua produtora. Isso ocorreu no dia 31 de janeiro deste ano, e passados sete meses o MPF deixou a investigação sabe-se lá aonde.

A Justiça Federal mantém sobre as mesas de juízes, inclusive dos lotados em Roraima, a condenação de Teresa Jucá, esposa de Romero, por desvio de dinheiro público e apresentação de notas fiscais falsas da obra do Hospital Santo Antônio. Teresa foi condenada por unanimidade pelo Tribunal de Contas da União em 8 de maio de 2001. Ou seja, há cinco anos.

Que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal prestam serviços relevantes à sociedade, não se tem nenhuma dúvida. Mas diante do que acontece em Roraima, é lamentável que dúvidas e suspeitas de proteção e parcialidade existam. O que se relata aqui são fatos que geram dúvidas. O que se espera é igualdade de ações e respeito com a inteligência de um povo já cansado de tantos abusos.

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