- 23 de julho de 2025
O senador e ex-ministro da educação, Cristovam Buarque, candidato à Presidência da República pelo PDT, afirmou que o eleitor não vê a educação como prioridade para o país, o que explicaria, segundo ele, seu baixo desempenho nas pesquisas de intenções de voto (1% segundo a última do Datafolha).
Exonerado do Ministério de forma mais grosseira impossível pelo presidente Lula - através de telefonema enquanto estava fora do País -, Buarque mantém como principal bandeira de sua campanha rumo ao Palácio do Planalto, o projeto de federalização do sistema de ensino. O tema ocupou boa parte da terceira entrevista da série promovida pelo "Jornal Nacional".
Buarque disse que essa é a primeira vez que um candidato assume a educação como prioridade. Prometeu reservar 1% do Orçamento da União para a área.
"Vocês (William Bonner e Fátima Bernardes) têm três filhos. Se pudessem gastar 1% a mais para melhorar a escola deles, vocês também fariam", disse o candidato, afirmando que pretende padronizar salário, conteúdo, edificações e equipamentos nas escolas no país.
O senador reiterou sua proposta de dar aos professores um salário mínimo de R$ 800. Questionado por Bonner sobre sua demissão do Ministério da Educação, em 2004, o candidato argumentou que estava "incomodando demais" o presidente Lula.
Sem querer fazer apologia a Cristovam Buarque, ele está certo. Eleições passadas mostraram que o povo prioriza muito mais um Bolsa Família, um milheiro de tijolo, sacas de cimento, que uma escola melhor, com professores capacitados.
Exemplo disso: quem lembra como eram as escolas de Roraima até 1995? Eram prédios velhos, diminutos, com salas escuras e com pouca ventilação. E hoje, como são? Como se preparavam os professores até 1995? A partir daí, como e onde passaram a se preparar, a se capacitar?
É inegável que, a partir de 1995, Roraima passou a viver verdadeira transformação na área de Educação. Transformação que, por si só, deveria render boas lembranças. Mas o povo parece preferir os bolsas esmolas, as praças cheias de bares. E muita promessa.
Pelé estava certo ao dizer que o brasileiro não sabe votar. Porém, apesar de todas as razões para desanimar - escândalos de toda sorte -, acreditamos que ainda importa continuar tentando. Um dia a gente acerta. Afinal, a educação é mesmo o fator primordial para o desenvolvimento.