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EDITORIAL - Procura-se um nome

Qualquer um que queira ser presidente do Sinjoper não pode pensar apenas em ser mais um presidente. Precisa mostrar vontade e dedicação integral com as funções que o título sugere. Não pode pensar apenas em, investido dele, pleitear bons cargos, arrumar empregos para familiares, passagens aéreas e melhorar o "status quo". Isso já foi feito - até recentemente -. E não deu certo.


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Roraima (Sinjoper) não está acéfalo, como alguns podem pensar. Hoje, está sob a responsabilidade de uma junta governativa que tem à frente a jornalista Márcia Seixas, auxiliada pelos jornalistas Gilvan Costa e Jailton Cordeiro e, na suplência, os jornalistas Platão Arantes e Taylor Nunes.

Porém, não foi assim pelo menos havia uma década. Nesse período, o sindicato esteve na clandestinidade. A última diretoria regulamentar foi registrada em Cartório no ano de 1994. Na época, a presidente eleita foi a jornalista Fátima Oliveira. Ao término de sua gestão, vários outros presidentes passaram pela diretoria, mas, juridicamente, de forma irregular, por falta do devido registro.

A junta instituída trabalha na elaboração de um inventário, com o objetivo de avaliar a quantas anda o sindicato. Trabalho hercúleo, por falta de anotações próprias vigentes em qualquer instituição que tenha a seriedade como timão. Com esse levantamento em mãos, será então marcada a data de novas eleições. A palavra de ordem hoje é esquecer o passado e bola pra frente!

Porém, não se pode olhar para frente tendo um sindicato que foge aos moldes normais, comuns a todo sindicato responsável. Se alguém quer cuidar da categoria, o mínimo que deve fazer é se desincompatibilizar de seu emprego, pois não há como uma entidade sindical prosperar sendo dirigida por pessoas divididas entre o trabalho secular, deveres com patrão ou patrões - cuja maioria é formada por políticos - e as tarefas sindicais, que demandam tempo integral.

Qualquer membro do sindicato que desejar integrá-lo como diretor - funções de presidente ou vice - pode contar com a garantia em lei da remuneração do atual emprego enquanto estiver licenciado para tal. É claro que os grandes sindicatos só se tornaram grandes devido à dedicação full-time que seus diretores-associados se impuseram.

A categoria dos jornalistas de Roraima deveria, antes de tudo, questionar quem se coloca como candidato a abraçar a causa do Sinjoper. Uma das metas exigidas seria fortalecer a entidade como grupo, como categoria profissional.

Qualquer um que queira ser presidente doSinjoper não pode pensar apenas em ser mais um presidente. Precisa mostrar vontade e dedicação integral com as funções que o título sugere. Não pode pensar apenas em, investido dele, pleitear bons cargos, arrumar empregos para familiares, contratos, passagens aéreas e melhorar o "status quo". Isso já foi feito - até recentemente -. E não deu certo.

Os jornalistas de Roraima precisam contar com uma representação forte. Só ela poderá permitir que a classe seja valorizada no mercado de trabalho. Sem isso, não haverá garantias nem respeito como profissionais. Havemos de convir, não se consegue isso com uma diretoria frouxa, que não se dedica à causa de corpo e alma.

Este Fontebrasil quer apoiar um bom nome para essa missão. Seja ele qual for, desde que se mostre interessado e compromissado com a categoria. O candidato, em nosso entender, precisa estar comprometido com o trabalhar em prol da categoria. Consciente que precisa se afastar de seus afazeres particulares em defesa da classe. Quem é esse nome? Que se apresente, por favor.

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