Pacientes sofrem humilhação no Hospital Infantil de Boa Vista

Uma tarde-noite de terror. Os pacientes que foram em busca de atendimento para os seus filhos nesta segunda-feira no Hospital Infantil Santo Antônio, administrado pela prefeitura de Boa Vista, tiveram que esperar mais de cinco horas por atendimento.
A falta de médicos e a longa espera nas filas se tornaram uma constante no hospital desde o início da administração da ex-prefeita Teresa Jucá. O descaso continua na administração do prefeito Iradilson Sampaio, que não resolve contratar profissionais para desafogar as longas filas no hospital.
O problema que é antigo e incurável passa despercebido pelo Conselho Tutelar e pela Promotoria de Defesa da Saúde do Ministério Público Estadual, que tem o dever de proteger as crianças quando o município é ausente e omisso.
A vendedora Nívea Maria, que levou o filho de dez anos com diarréia e vômito para tentar uma consulta de emergência chegou ao hospital às 15 horas. Mais de quatro horas depois ela ainda estava esperando na sala da emergência sem atendimento.
- É um absurdo que nenhuma autoridade tome providências com o descaso no atendimento deste hospital. A prefeitura não faz nada para resolver o problema e o Ministério Público faz de conta que nada acontece de errado. Quem paga somos nós pobres que precisamos nos humilhar pelo atendimento -, denunciou.
Outra mãe que criticou o atendimento no Hospital infantil foi a dona de casa, Sônia Carvalho, moradora do bairro Senador Hélio Campos, ela contou que passou a tarde inteira na fila a procura de uma vaga para consultar a filha de 4 anos, mas entrou pela noite sentada na frente da emergência sem conseguir o atendimento.
- Esta não é a primeira vez que eu passo por humilhação neste hospital. Sempre sou tratada com indiferença pelos funcionários e nunca recebo o atendimento correto -, esbravejou.
A direção do Hospital Infantil Santo Antônio, não quis gravar entrevista nem se pronunciou sobre a falta de médicos no plantão do hospital e muito menos explicou a demora de mais de cinco horas no atendimento aos pacientes. É um caso para o Ministério Público resolver. Antes tarde do que nunca.