- 23 de julho de 2025
Lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), se reuniram na tarde desta segunda-feira com a superintendente do Incra, Dilma Lindalva Pereira.
Na reunião, os sem terra entregaram uma pauta de reivindicações com cobranças diretas a chefe do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.
Na semana passada mais de 250 famílias lideradas pelo MST invadiram a sede do Projeto de Assentamento Nova Amazônia, localizado a 30 quilômetros de Boa Vista.
O movimento cobra a desapropriação de terras de cinco imóveis rurais nos municípios de Boa Vista e Mucajaí, que segundo eles, seriam terras improdutivas. Entre as fazendas pretendidas estão a São Francisco em Mucajaí, de propriedade do empresário suíço, Walter Voguel e uma fazenda em frente ao PA Nova Amazônia, pertencente ao pecuarista Mário Calegari.
As lideranças entregaram a superintendência do Incra a lista de outras áreas pretendidas no Estado.
Da superintendente do Incra as lideranças do MST receberam a promessa de que um levantamento nas áreas citadas será feito para descobrir se as terras são tituladas ou não. "Vamos fazer um levantamento técnico que vai apontar se estas áreas realmente são legalizadas ou não. Só depois desse estudo poderemos nos manifestar", explicou.
Cadastramento - Dilma Lindalva afirmou ainda que os técnicos do Incra vão iniciar ainda esta semana um cadastramento das famílias do MST que estão no PA Nova Amazônia, que vai servir de base para o assentamento dessas pessoas em outras áreas. "A nossa intenção é também reutilizar os lotes de outros projetos de assentamento que foram abandonados para assentar estes trabalhadores", complementou.
A chefe do Incra disse ainda que o órgão tem ações tramitando na justiça para recuperar a posse de 176 mil hectares de terras que foram ocupadas ilegalmente.