OPINIÃO FORMADA

BV não é exemplo
A coordenação da campanha de Romero Jucá vai propor que ele mude o discurso de que Boa Vista, administrada por Teresa, é o exemplo do que vai fazer como governador.
A situação da cidade apenas três meses depois que ela deixou o cargo não inspira confiança dos motoristas da cidade, do pessoal do Beiral, da periferia mal iluminada, dos moradores das ruas alagadas.

"Com amor"
Até parece que o castigo veio a galope. Na quinta-feira, 13, jogando lama para o adversário, Romero foi à tribuna informar que solicitara do governo federal urgência para os problemas causados pela chuva no interior do estado, que ao que parece pela imprensa roraimense, não tem causado assim lá tantos danos como, os buracos das vias de Boa Vista e os internáveis pontos de alagamentos nas avenidas e ruas da cidade administrada "com amor" por Teresa.

"Com amor" 2
Se Boa Vista está entre os buracos e as alagações, imagine se não tivesse sido por 10 anos administrada "com amor"!

Frescura
O PDT não é um partido de gays, mas é cheio de frescura. Lá, só duas pessoas podem falar pelo partido: os atuantes Augusto Botelho e Rodolfo Pereira. O discurso de campanha é uma incógnita. Também pudera, nesses quatro anos no Senado, Augusto Botelho candidato ao governo ainda nem conseguiu dizer para o que foi eleito.

Desistiu
Pelo sim, pelo não, o deputado Raul Prudente nem fala mais em indicação para o TCE. Está mais preocupado com a sua reeleição.
No máximo, Raul pretende fazer alguns acertos dentro do seu grupo para oficialmente abrir mão de concorrer à indicação para o TCE.

Catitu
Bem nas pesquisas informais para a Câmara, a deputada Maria Helena terá como missão repetir a façanha de 2002 quando foi a mais votada. Só assim puxa o segundo nome mais votado da sua coligação.

Chances
Se tivesse resolvido concorrer a deputado federal as chances do estadual Raul Lima seriam grandes. Com estrutura maior que dos demais concorrentes à Câmara, a dobradinha com Maria Helena seria mais forte.

Costume
Ottomar Pinto não tem jeito. Eleição atrás de eleição ele sempre arruma um candidato ou suplente alienígena. O da vez é o leiloeiro Luís Fernando Santoro que ele impôs ao grupo para ser suplente de senador.
Como o tal sujeito nunca morou em Roraima, teve pedido de impugnação da candidatura feito pelo MPE.

O de Teresa
Por outro lado, Teresa Jucá importou o empresário carioca Juca Abdala, que gastou muito, mas muito tempo mesmo, para ser seu suplente.
Se tiver a candidatura impugnada, Juca vai ver seu tempo todinho voando sabe lá pra onde.

O de Romero
Em 1998, Romero Jucá trouxe de São Paulo o empresário Fábio Monteiro de Barros para suplente do ex-sócio Getúlio Cruz. Um ano depois, Fábio foi preso por desviar junto com o juiz Lalau, R$ 169 milhões da obra do TRT paulista.

O de Marluce
Em 1990, Marluce Pinto arrumou um Wagner Canhedo, dono da falida Vasp para ser seu suplente.

Farinha
Em suma, Ottomar, Marluce, Romero e Teresa, no quesito suplentes, são tudo farinha do mesmo saco.

Gozação
As declarações de renda dos principais candidatos parece gozação com a cara do eleitor ou é muita cara de pau deslavada, mesmo.

Fim das mutretas
Para acabar com essa sem-vergonhice de importar suplentes, o senador Artur Neto (PDSB) apresentou na semana passada uma Proposta de Emenda Constitucional que reacende a discussão sobre a suplência de senador da República e o cargo de vice no Executivo. A proposta prevê que tanto o suplente quanto o vice sejam apenas substitutos eventuais em casos de impedimento dos titulares.
O principal objetivo da PEC, protocolizada no Senado no último dia 12, é retirar do vice e do suplente de senadores a condição sucessores, quando os titulares, por motivo de renúncia, morte ou doença, por exemplo, estiverem impedidos de exercer o mandato. Ocorrendo impedimento do titular, realiza-se nova eleição.

TRE
A Justiça Eleitoral vem julgando dentro dos prazos as ações que estão sendo apresentadas. Porém, o melhor é que, bem informada sobre quem é quem nessas eleições, as decisões não têm deixado dúvidas.

MPE
O Ministério Público Eleitoral, tendo à frente o procurador-geral Rômulo Conrado, promete ser bem mais rígido que nas eleições passadas.