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EDITORIAL - 'Boa Vista com amor'

Não se pode conviver com tamanho descaso por parte da Prefeitura de Boa Vista, especialmente quando se tem a consciência de que os impostos saem dos bolsos dos contribuintes com a regularidade exigida. Todos os munícipes boa-vistenses, por certo, querem saber o que é feito com o dinheiro do IPTU, do IPVA e tantos outros que pagam religiosamente em dia, sem que os resultados voltem em forma de benefícios. Os mínimos exigidos.


Regra natural do marketing é alcançar o objetivo por meio da repetição. De tanto ver o comercial de um produto na TV, sempre o mesmo, você acaba simpatizando e comprando tal produto. Ou seja, acaba vencido pelo cansaço. Em jornalismo é diferente. Se uma matéria aparece duas vezes, já se diz que o veículo não tinha notícia, que estava apelando. E com razão.

Não é, porém, o que ocorre aqui, agora, com este editorial. A verdade é que não podemos continuar calados só porque tocamos, ainda que de forma enfática, duas ou três vezes no assunto. Vamos falar mais. Gritar. Talvez assim nos façamos ouvir. E, quem sabe, o endereçado compre o produto anunciado, por pura exaustão da oferta.

O assunto aqui não poderia ser outro que não a buraqueira em que se transformaram as ruas e avenidas de Boa Vista. Não se pode conviver com tamanho descaso por parte da prefeitura, especialmente quando se tem a consciência de que os impostos saem dos bolsos dos contribuintes com a regularidade exigida.

Todos os munícipes boa-vistenses, por certo, querem saber o que é feito de seus impostos como o IPTU, o IPVA e tantos outros que pagam religiosamente em dia, sem que os resultados voltem em forma de benefícios. Os mínimos exigidos.

A quantidade de buracos nas ruas e avenidas em Boa Vista chama a atenção pelo volume nunca visto, nunca sentido no bolso por conta das molas e amortecedores dos carros que quebram. Isso, sem falar em pelo menos uma vida consumida por conta deles, deixando família órfã de pai, de filho, e amigos na perplexidade fatídica do caso.

Durante dez anos dona Teresa Jucá foi a prefeita da Capital. Os slogans eram "Boa Vista com amor", "Boa Vista cidade linda". Um jingle falava que "Boa Vista tá ficando legal!". A verdade é que esse amor que deixa a cidade parecendo com a superfície da lua é um amor que cidadão de cidade nenhuma do mundo gostaria de receber.

Falando sério, Teresa foi relapsa com as ruas e avenidas de Boa Vista. Por dez anos a mesma história se repete. Alagamentos, buracos, descaso de coisas antigas, batidas, surradas e gastas. Prova maior disso é que faz apenas três meses que ela deixou o cargo, e a cidade está um buraco só. Ontem, 16 de julho, ficou debaixo d'água por causa das chuvas.

Vai culpar quem por toda essa tragédia?  O preposto Iradilson Sampaio, que só sabe dizer amém? E Teresa quer ser senadora pelo belo e inovador trabalho que realizou. Por deixar "Boa Vista uma cidade linda"; "com amor".

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