- 23 de julho de 2025
A eleição para deputado federal este ano será páreo duro. Briga de foice, como sempre foi. A quase totalidade dos atuais tenta a reeleição, com exceção de Suely Campos (PP), que cedeu lugar para o marido, o ex-governador Neudo Campos.
Correndo por fora, com alguma chance, aparecem nomes de peso. Entre eles, o derrotado candidato ao Senado em eleições passadas, o chinês Chhai Kwo Chheng. Desta vez, alugou a legenda Verde (Coligação Roraima Terá Solução). E não se enganem. Vem comendo pelas beiradas.
Além do memorável chinês, aquele da indústria de sapatos de antigos carnavais, outras figurinhas carimbadas põem novamente a cara na janela - mais uma vez - em busca da aprovação popular - nessa hora pobre tem um valor danado. É quem tem a palavra final. Nessa categoria está o ex-governador e professor da UFRR Getúlio Cruz (PSDB - Coligação Roraima Pra Todos 1).
Dono do jornal Folha de Boa Vista, o mais lido da cidade, no passado Cruz foi candidato a governador duas vezes, a senador e agora tenta uma cadeira na Câmara Federal. Fez alianças de um extremo ao outro. Sem Sucesso. Já esteve até, imaginem, nos braços do PT. Mas, aqui vale dar um desconto. Nem tudo é perfeito. Dessa vez, decidiu apoiar e receber o apoio de quem está com a máquina administrativa nas mãos. Mostra que tem juízo.
Outro que não perde uma oportunidade de se colocar à disposição do eleitorado é o empresário Rogério Miranda (PDT - Roraima Será Melhor). Quem não se lembra de sua verborragia à frente dos microfones da rádio Equatorial, quando disputava a propriedade da emissora com o falecido Raimundo Barros, o Alemão? Só queria ser o Henry Maksoud do lavrado.
Chegava a ser cômica a história da disputa jurídica entre Miranda e Alemão pela posse da primeira emissora FM do então Território Federal. Isso, ainda nos anos 80 do século passado. De manhã, Alemão era o dono da rádio. À tarde, despejado por um oficial de justiça, assumia Miranda. E vice-versa.
A querela durou até que o "homem que não deixava a peteca cair", o colombiano Moisés Lipnik de saudosa memória, comprou a emissora. Mas só depois que Alemão se despediu da terra. Essa história, no entanto, é uma verdade relativa. Bem resolvida apenas na cabeça do articulista. Está, portanto, aberta a melhores e mais precisos esclarecimentos.
Voltando às candidaturas à Câmara Federal, há outras figurinhas tão carimbadas quanto. E por isso, merecem ser aqui destacadas. Uma delas é a do bancário Robert Dagon. Já foi candidato a tudo. Até a governador pelo PT. Quando o PT era o PT. Mais uma vez, posso estar enganado. Corrijam-me, se for o caso. Outra, o pizzaiolo e professor João Alberto Noro (PHS - Coligados Para Vencer) - "Me chamam de grosso, e eu não tiro a razão...".
Eleição é assim. Pode-se esperar de tudo. E quando começar a lenga-lenga na TV e no rádio, heim? Uns aproveitam para alugar DVDs nas locadoras. Outros aposentam a telinha durante o horário fatídico. Já este articulista acha tudo divertido. Não tira a razão de quem pensa o contrário, mas, olhando bem... é tudo uma festa! Oba