- 23 de julho de 2025
Por Francisco Espiridião
Ataques maciços à ordem e tranqüilidade públicas voltaram a se suceder em São Paulo, a exemplo do que ocorreu nos dias 12 a 17 de maio último. Iniciados na noite de ontem para a madrugada de hoje, até o meio-dia os ataques reivindicados pelo grupo de criminosos PCC (Primeiro Comando da Capital) já haviam deixado um saldo de 53 alvos atingidos e cinco pessoas mortas, incluindo um soldado da Polícia Militar e sua irmã.
Entre os alvos atacados estão duas bases da Polícia Militar, três casas de policiais militares, cinco revendedoras de veículos, dois supermercados e 17 ônibus, que foram queimados pelos marginais.
Esses números foram divulgados em coletiva, por volta de meio-dia. A coletiva contou com a participação do secretário de Segurança Pública paulista, Saulo de Castro Abreu Filho, o secretário da Administração Penitenciária, Antônio Ferreira Pinto, e o comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Elizeu Eclair Teixeira.
Segundo a Folha On Line, os novos ataques ocorreram após a prisão de Emivaldo Silva Santos, 30, o "BH", acusado de ser o "general" do PCC na região do ABC paulista. Ele foi preso no início da noite de ontem, terça, na rodovia Imigrantes, em uma operação conjunta das polícias Civil e Militar.
Há ainda rumores de que o deslanche dos ataques teria sido também uma resposta do crime organizado à ameaça de transferência de alguns presos de peso para a prisão de segurança máxima em Catanduvas (PR).
O presidente Lula designou que o ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos oferecesse a Força Nacional de Segurança para auxiliar no combate aos ataques, mas até agora o governo de São Paulo não decidiu se vai aceitar. É provável que o governador Cláudio Lembo insista na decisão tomada em maio, de descartar a ajuda.
PM de Roraima
A Polícia Militar de Roraima mantém um efetivo de 183 policiais militares em prontidão. Segundo o tenente PM Cruz Neto, da 3.ª Seção do Estado Maior Geral, esses policiais foram treinados e fazem parte da Força Nacional de Segurança. Poderão ser empregados a qualquer momento no combate aos distúrbios em São Paulo, desde que haja solicitação.
Hoje, um contingente de nove policiais da PMRR está destacado em missões da Força nos estados de Mato Grosso e Espírito Santo. Em Mato Grosso estão o 1.º tenente PM Oquimar Frazão e mais seis soldados. No Espírito Santo, a sargento Danielle Chaves e um soldado PM.
Cruz Neto explicou ainda que a Força Nacional de Segurança dispõe do perfil de cada um dos 192 policiais militares roraimenses que integram aquele contingente. A solicitação, quando é feita, obedece a critérios desse perfil, ou seja, são solicitados os policiais militares pelo nome, aqueles que melhor se encaixam nas missões a ser desempenhadas.