Deputado debate parcerias com autoridades de Maturim

Autoridades de Maturim, Estado de Monagas, na Venezuela, estiveram em Roraima em busca de estabelecer parcerias. A comitiva esteve com o governador Ottomar Pinto, com o presidente da Associação Comercial de Roraima, Derval Furtado e por ultimo debateu vários assuntos que dizem respeito ao relacionamento fronteiriço entre Roraima e a Venezuela, com o presidente da Câmara Venezuelana Brasileira de Comércio e Industria, Raul Lima. O encontro aconteceu na sede da Acir. Os representantes venezuelanos querem fazer acordos nas áreas de comércio em geral, agricultura, madeira e agronegócios.

Composto pelo secretário geral da prefeitura de Maturim, Cezar Azocar, pelo secretário de Agricultura de Maturim, Simon Campos e pelo agrônomo Daniel Montiverde, o grupo esteve reunidos com autoridades de vários setores em Roraima, por entender que o estado é muito estratégico para as relações com o sul da Venezuela, sobretudo agora que o pais vizinho faz parte formalmente do Mercosul.

No encontro com Raul L ima, os venezuelanos reafirmaram o interesse de ter Roraima como parceiro comercial, principalmente no setor agropecuário. Raul reforçou que Roraima pode ser um grande fornecedor de carne, grãos e madeira para o Estado Monágoas. "Temos que flexibilizar as ações na fronteira", disse o deputado, para justificar essa sua expressão:

- Todos falam em relacionamento fronteiriço, em comércio, em bilateralismo, em ações voltados para o esporte, cultura, negócios em geral. Mas os grandes gargalos ainda perduram, pois não fomos capazes ainda de facilitar o ingresso de brasileiros e venezuelanos e brasileiros nos respectivos paises.

Raul Lima disse para os vizinhos venezuelanos que há oportunidades em todos os campos, comercial, social, cultural, grandes negócios, mas é urgente que os acordos saiam do papel e que as facilidades para que os povos dos dois paises possam transitar livremente em suas fronteiras, aconteçam.

- De quê adianta trabalharmos no fortalecimento de nossos relacionamentos se os venezuelanos não podem aqui entrar? De que adianta trabalharmos no fortalecimento de nossas amizades se os brasileiros vivem sedo maltratados na Venezuela?.

O deputado informou que há vários entendimentos em andamento que tratam do fortalecimento das relações, mas entre a teoria e a prática, muito pouco está efetivamente acontecendo. "Nós queremos e necessitamos conviver em harmonia com os irmãos venezuelanos, mas temos que por os acordos em prática. Há muita conversa. Mas há pouco resultado", disse ele.

O deputado disse ainda que no momento um dos acordos mais promissores trata da possibilidade de convênio entre universidades venezuelanas e roraimenses. "Ai está algo muito interessante. Se conseguirmos concretizar esses convênios, estaremos dando um grande passo na execução de um projeto grandioso", disse ele.

Raul defendeu ainda que os dois paises têm que encontrar soluções razoáveis para o problema do reconhecimento de diplomas universitários, pois da nada vale estudantes dos dois paises concluírem os cursos se os mesmos não são reconhecidos. Por isso ele defende o que chama de "bi-diplomaçao", onde os cidadãos das duas nações estudam um período em cada pais e no final recebem um diploma reconhecido por ambos os governos.