- 29 de outubro de 2024
Brasília - O puxa-encole de Ottomar Pinto em anunciar o nome do seu candidato a vice está parecendo brincadeira. Hoje de manhã, enquanto políticos, assessores e jornalistas especaulavam entre os nomes mais prováveis - os ex-secretários Anchieta Júnior e Haroldo Amoras -, Ottomar se divertia.
"Não é a primeira vez que ele(Ottomar) faz isso(ensebar o anúncio de uma decisão sua)", comentou por telefone um correligionário do governador. "Foi assim que ele enrolou até o último minuto em 1998 para dizer se era ou não candidato ao governo e renunciaria a Prefeitura. Naquele dia, bateu-se o nível máximo de stress coletivo com tanta gente sem saber se estaria ou não empregada no dia seguinte", completou.
Se tratando de indicações, deixar para decidir no último momento é mesmo uma mania de Ottomar. Em 1994, depois de mandar Aírton Cascavel, Chico Rodrigues, José Maria Carneiro e João Luiz Hartz "se articularem" para indicação à sua sucessão, Ottomar deixou os quatro chupando o dedo e num jantar em Fortaleza, selou a indicação de Neudo Campos.
Na segunda-feira, 26, assessores próximos garantiam que ele já havia batido o martelo: Anchieta Júnior, agregado à sua família, seria o indicado. Porém, pressão via elogios abertos a Haroldo Amoras numa solenidade, teriam feito Ottomar adiar o anúncio.
Noutro dia, terça-feira, 27, diante de reportagem publicada no site www.fontebrasil.com.br informando o inquérito aberto pelo Ministério Público Estadual, o governador teria decido por adiar, novamente, quem será o seu vice. Passando a cogitar com mais ênfase o nome de Haroldo Amoras.
Pressão ou não do maior fiador da indicação de Amoras, Getúlio Cruz, em espalhar que não será mais candidato a deputado federal supostamente em retaliação à rejeição de seu indicado, o certo é que, de novo, Ottomar aproveitou a oportunidade para adiar anunciar quem será o seu vice.