EDITORIAL - Ato próprio de desesperados

Uma atitude típica de desesperados. Assim se pode classificar a tresloucada investida do senador Romero Jucá (PMDB) contra este Fontebrasil. Ao perder completamente o senso do ridículo, tentou tirar o site do ar, atirando ao léu. Ameaçou processar o provedor que nos hospeda.

Ora, nosso provedor nada tem a ver com o que escrevemos, assim como nenhum provedor tem nada a ver com a linha editorial de qualquer site que hospede. O que cada veículo publica, na verdade, é de sua inteira responsabilidade. É assim que entendemos e assim fazemos, independentemente.  

A direção do Fontebrasil sugere ao questionado e cobrado senador que, se ele está incomodado ou descontrolado, que procure um médico. Um psiquiatra, de preferência. Algum profissional que trate de manias. Manias como a de viver sempre sob acusações imorais.

Porém, acredita-se que um novo e louvável procedimento poderia ser adotado por Romero Jucá, por exemplo, passar a atender o site quando fosse procurado para explicar as traquinagens que envolvem o seu nome. Qual inocente ou injustiçado prefere o silêncio à falar a verdade?

Será que o leitor-eleitor não merece esclarecimentos os mais verdadeiros? Afinal, tantas e tamanhas acusações que recaem feito bombas atômicas na cabeça do senador peemedista não podem passar em brancas nuvens.

Nesses três anos e meio, Jucá já tentou de tudo contra este site. No ano passado, antecipamos em um mês que uma manobra estava sendo armada, inclusive com a participação do presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Roraima (Sinjoper) e de um professor do curso de Comunicação Social da UFRR, que publicamente prefere a mesa de bar à mesa da sala de aula.

Através do site que edita, o pau-mandado-mor de Jucá publicou série de notinhas acusando o editor deste Fontebrasil, Edersen Lima, de ser investigado no bojo da operação "Leão Ferido", da Polícia Federal, usando documentos falsos da própria PF. Tudo mentira. Tudo com a intenção de desacreditar o editor.

As provas com as digitais dos assessores de Jucá foram entregues à PF em Roraima, que nada fez até hoje por interferência do senador. Sim, a PF tem todas as provas que mostram que Jucá, direta ou indiretamente, estava por trás desse despautério. E nada foi feito até agora, repete-se.

Agora, o velho Romero-cansado-de-guerra volta à carga, com atitude vil, querendo mais uma vez tirar o Fonte do ar na marra, a qualquer custo. Coisa feia partindo de quem se diz um democrata, que tanto já se beneficiou da paciência do esperançoso eleitorado roraimense. 

O certo é que ao invés de se preocupar com o que aqui se noticia, Jucá deveria era procurar trabalhar de forma transparente, honesta e correta, sem as contumazes denúncias de improbidades administrativas que lhe acompanham.

Assim, poderia se livrar de acusações tais como a de negociar o estado em proveito de um espúrio projeto pessoal. Por essas e outras, por deixar muita gente e coisas de lado, Jucá virou motivo de piadas. Piadas muito engraçadas, dependendo do ponto de vista e da cor partidária.

Ao invés de se descabelar com o Fontebrasil, Jucá deveria impor respeito ao seu nome de forma honrada como fazem os homens de bem: processando o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL/BA), que no plenário lhe chamou repetidas vezes de "ladrão!". Ou será que diante de fatos, desculpas não se sobrepõem?