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Vai Ottomar, no cuscuz!

Exemplo desse tratamento estabanado foi visto e sentido pelo ex-deputado Luizinho da Tabela e pelo deputado Chico Rodrigues. "Chico, eu não nasci com vc, nem com você Luizinho". Bateu Ottomar negando fogo. E olha que os dois têm redutos de votos formados. Chico Rodrigues, então, nem se fale. Aparece bem oscilando entre primeiro e segundo colocado em todas as pesquisas que se fez e faz para a Câmara dos Deputados.


Edersen Lima, Editor

Brasília - Dá para comparar a candidatura de Ottomar Pinto com a seleção brasileira. Ottomar reúne o maior e mais prestigiado e experiente palanque. Tem um verdadeiro time de estrelas. É o favorito. O porém, no entanto, não está na fogueira das vaidades que costuma queimar pessoas, grupos e projetos onde todos querem ser protagonistas. O problema no time de Ottomar, é o próprio Ottomar.

Como técnico, ele convocou ou aliou-se com craques da política, gente de peso. Escalou ou indicou nomes para a defesa, meio e ataque ou para a ALE, Câmara, Senado e vice. Porém, não treinou e nem treina ou não compõe como se espera.

O tratamento que Ottomar dispensa aos seus aliados não é tratamento de líder. A julgar pelo que fez com Júlio Martins em 2004, indo embora na véspera da eleição sem votar no seu candidato, é de deixar qualquer um, quanto mais políticos experientes, com três passos atrás.

Exemplo desse tratamento estabanado foi visto e sentido recentemente pelo ex-deputado Luizinho da Tabela e pelo deputado Chico Rodrigues. "Chico, eu não nasci com vc, nem com você Luizinho". Bateu Ottomar negando fogo. E olha que os dois têm redutos de votos formados. Chico Rodrigues, então, nem se fale. Aparece bem oscilando entre primeiro e segundo colocado em todas as pesquisas que se fez e faz em Roraima para a Câmara dos Deputados.

Fora isso, Chico Rodrigues comanda o PFL que tem nada mais nada menos que seis minutos de tempo de TV e rádio. Se ele que tem tudo isso é tratado de forma desleixada e deselegante, à botinadas, o que não ouve de Ottomar aqueles nomes com menos chances de eleição?

Cachimbo velho e boca torta diz o ditado, mas Ottomar ainda não se tocou que o tempo da ditadura militar que lhe enviou a Roraima já passou faz mais de 20 anos. Nos últimos 10, novas lideranças foram formadas. É gente que independe de Ottomar para se eleger. São os casos de Mecias de Jesus, de Luciano Castro, de Chico Rodrigues, de Mozarildo Cavalcanti, de Neudo Campos, Pastor Frankembergen, Almir Sá, Jalser Renier, Berinho Bantim e outros.

Se esse time resolver não jogar, Ottomar e seu grupo estão fora. Eliminados pra sempre. É sabido que, na granja, galo velho esperto não canta na frente do mais novo. Não corre risco de desafinar e ir para a panela. O resto é ver se em outubro Ottomar corre para o abraço ou se Ottomar vai no cuscuz, mesmo.

P.S: Só para lembrar, o Brasil era favorito em 1950, 1982, 1986 e 1998. E Ottomar era favoritíssimo em 1988 e 2002. Em todas essas ocasiões, o favoritismo deu chabú.

 

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