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Prefeito de Cantá é acusado de improbidade administrativa

O presidente do Sindicato dos Taxistas de Roraima, Jurandir Pereira de Lucena, promete oficializar denúncia de improbidade administrativa contra o prefeito de Cantá, Zacarias Assunção (PMDB). A denúncia será feita na Câmara de Vereadores, durante sessão a se realizar amanhã (08), a partir das 19 horas.


Por Francisco Espiridião

O presidente do Sindicato dos Taxistas de Roraima, Jurandir Pereira de Lucena, promete oficializar denúncia de improbidade administrativa contra o prefeito de Cantá, Zacarias Assunção (PMDB). A denúncia será feita na Câmara de Vereadores, durante sessão a se realizar amanhã (08), a partir das 19 horas.

Jurandir afirma que o prefeito firmou um acordo com o posto de combustíveis do Sindicato, para fornecimento de gasolina e óleo diesel. O início do fornecimento aconteceu em janeiro do ano passado.

Quando o fornecimento ultrapassou determinado valor, o prefeito teria pago a maior parte, ficando um restante de um pouco mais de R$ 11 mil. Jurandir afirma que faz mais de um ano que espera receber esse resíduo. "Zacarias não honrou o compromisso assumido, apesar de ter sido alertado por mim várias vezes para o débito", disse Jurandir.

O presidente do Sindicato dos Taxistas explicou que o pagamento não foi feito de uma só vez. Era parcelado, com freqüência variando de 15 em 15 dias. "Às vezes ele pagava em dinheiro, outras, usava cheques da Prefeitura".

O que deixa Jurandir intrigado, e que fará parte de sua denúncia amanhã à noite na Câmara de Cantá, é que Zacarias jamais lhe pediu que emitisse as notas fiscais referentes à venda dos combustíveis em questão.

Certa vez Jurandir fizera alusão às notas, e Zacarias teria respondido que não havia necessidade delas, em razão de já ter feito a prestação de constas. Jurandir ainda mantém em seu poder as ditas notas fiscais.

"Acredito que tenha ocorrido alguma irregularidade, do tipo aquisição de notas frias, para justificar um gasto expressivo com a compra dos combustíveis", disse Jurandir.

Outro ponto que causa espécie no presidente do Sindicato dos Taxistas é que as guias de requisição de gasolina e óleo diesel assinadas pelo prefeito eram, muitas vezes, trazidas ao posto por pessoas que nada tinham a ver com a Prefeitura.

"Nós abastecíamos carros oficiais, particulares, motos e até corotes avulsos", disse Jurandir, assegurando que o importante para o fornecimento eram as guias assinadas pelo prefeito. "Não cabia a nós fazermos qualquer triagem".

Jurandir salienta que o fornecimento era feito com base na autorização comprovada pela assinatura do prefeito Zacarias Assunção. "O meu acordo foi feito com o Zacarias, e não com a Prefeitura. Os pagamentos é que, muitas vezes, foram feitos com cheques da Prefeitura", explicou, assegurando ter em seu poder cópias desses cheques.

Questionado por telefone nesta tarde, o prefeito Zacarias Assunção não quis fazer qualquer alusão ao caso. Restringiu-se a dizer que se trata de denúncia política. "Deixa ele entrar com as denúncias, a gente resolve depois", afirmou, laconicamente.

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