O ataque de surpresa ao Congresso Nacional começou por volta das 15h. Liderados por dirigente do PT, mais de 500 integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), uma dissidência do MST, armaram-se de paus e pedras e saíram quebrando tudo o que havia pela frente. Primeiro viraram um carro que seria sorteado em festa junina de servidores. Depois arrebentaram a porta de vidro do Anexo 2, atacaram guardas, destruíram oito computadores...
O início do confronto: integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra tombam carro que seria sorteado em festa junina de servidores da Câmara dos Deputados, enquanto seguranças tentam evitar a invasão do prédio
Breno Fortes/CB
Fim da arruaça: mais de 500 sem-terra são detidos e vão responder por cinco crimes. Entre eles, tentativa de homicídio
O ataque de surpresa ao Congresso Nacional começou por volta das 15h. Liderados por dirigente do PT, mais de 500 integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), uma dissidência do MST, armaram-se de paus e pedras e saíram quebrando tudo o que havia pela frente. Primeiro viraram um carro que seria sorteado em festa junina de servidores. Depois arrebentaram a porta de vidro do Anexo 2, atacaram guardas, destruíram oito computadores, três terminais eletrônicos, um busto do ex-governador Mário Covas, luminárias, vasos, plantas e painéis de uma exposição. O badernaço durou cerca de duas horas e deixou funcionários da Casa em pânico. Pelo menos 28 pessoas ficaram feridas. Atingido por pedrada na cabeça, um segurança sofreu afundamento craniano e está internado na UTI do Hospital Santa Lúcia. O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, se recusou a receber o líder do MLST, Bruno Maranhão, e ordenou que todos fossem presos. Membro da executiva nacional do PT, Maranhão eximiu o partido de culpa pela arruaça. "Eu sou do PT, mas essa ação é do MLST, disse. Do PFL ao PSol, todos os partidos condenaram a ação violenta e a classificaram de vandalismo. "Apedrejaram a democracia", diz nota do Ministério da Justiça.