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Após um ano, impunidade é a maior marca do mensalão

Há um ano, a palavra mensalão não fazia parte da vida brasileira. Marcos Valério não existia. Tampouco eram conhecidos do público personagens como Silvio Pereira ou Delúbio Soares. As entrevistas que o então deputado Roberto Jefferson concedeu à Folha, primeiro no dia 6 e depois no dia 12 de junho, tiraram do porão esses nomes e mudaram o rumo da política nacional.



Há um ano, a palavra mensalão não fazia parte da vida brasileira. Marcos Valério não existia. Tampouco eram conhecidos do público personagens como Silvio Pereira ou Delúbio Soares.
As entrevistas que o então deputado Roberto Jefferson concedeu à Folha, primeiro no dia 6 e depois no dia 12 de junho, tiraram do porão esses nomes e mudaram o rumo da política nacional.
A imagem do partido ético ruiu. A direção do PT desmoronou. O governo amargou sua pior crise, e o fantasma do impeachment rondou o Planalto. Não é fácil hoje, quando o escândalo do mensalão completa um ano, imaginar o que era o governo petista antes dele. Politicamente, o país pertencia a outra era. Mais cega, sem dúvida. Menos cínica, talvez.
Se mais ou menos corrupta é difícil mensurar. Da revelação dos mensaleiros, no ano passado, à quadrilha dos 40 que o procurador-geral da República denunciou, em abril deste ano, o país assistiu ao teatro das CPIs e foi bombardeado por escândalos em série. Houve abalos, baixas e acordos pelo caminho.
Poucos personagens graúdos foram punidos. A Justiça tem prazos, é certo, mas mesmo a punição política se revelou tímida e ficou muito aquém do esperado. A pizza no Congresso encontrou eco na indulgência do PT com seus faltosos. Entre desiludida e anestesiada, a opinião pública ainda espera respostas. A principal delas continua tão pertinente como era há um ano: Lula sabia ou não sabia? Foi cúmplice ou omisso?

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