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Lula tem de parar com estilo Rolando Lero, diz Alckmin

O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, afirmou ontem, em nota, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "precisa parar com seu estilo Rolando Lero habitual, principalmente no debate da educação". Ele se referiu ao engabelador personagem da "Escolinha do Professor Raimundo", programa humorístico exibido nos anos 90 pela TV Globo.



O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, afirmou ontem, em nota, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "precisa parar com seu estilo Rolando Lero habitual, principalmente no debate da educação". Ele se referiu ao engabelador personagem da "Escolinha do Professor Raimundo", programa humorístico exibido nos anos 90 pela TV Globo, para responder ao discurso feito por Lula no início da tarde na cidade de São Paulo.
Em visita ao Estado, Lula apresentou o baixo índice de universitários que estudam na rede pública de São Paulo (18%, disse ele) como "uma demonstração de que foi premeditado o abandono da escola pública neste país".
Na nota, Alckmin faz uma alusão ao escândalo do mensalão ao afirmar que " o presidente Lula, que nunca sabe e nunca vê o que acontece ao seu redor, precisa se informar sobre os dados da educação pública em São Paulo". Ele diz ainda que deu aulas em cursinhos para pagar seus estudos e, por dar valor à educação, não faz demagogia sobre o assunto.
Leia abaixo a íntegra da nota do pré-candidato tucano:

 

"O presidente Lula precisa parar com o seu estilo Rolando Lero habitual, principalmente no debate da educação, que é um assunto extremamente sério. Quem não investiu o mínimo para avançar no ensino básico e no combate ao analfabetismo nos últimos dois anos foi o presidente Lula. Portanto ele é reincidente. E essa constatação está hoje no relatório divulgado pelo Tribunal de Contas da União.
O presidente Lula não conseguiu aprovar o Fundeb, mas diz que é uma realidade no programa de televisão do PT. Paralisou as escolas técnicas iniciadas pelo governo anterior durante três anos e só as retomou na véspera da eleição. Quer demonstrar preocupação com São Paulo, mas a iniciativa privada teve de colocar recursos em parceria com o governo de São Paulo para terminar a escola técnica de Capão Bonito, pois os recursos federais nunca foram liberados.
O presidente Lula, que nunca sabe e nunca vê o que acontece ao seu redor, precisa se informar sobre os dados da educação pública em São Paulo. No Estado, 98,5% das crianças entre sete e 14 anos estão na escola, 86,9% dos jovens entre 15 e 17 anos estão matriculados, aumentamos a carga horária de 5 para 6 horas no período diurno e de 4 para 5 no período noturno. Implantamos a Escola de Tempo integral em 514 escolas, destinamos R$ 4,2 bilhões somente para as três universidades paulistas -USP, Unesp e Unicamp-, que têm 110 mil alunos. Demos, ainda, bolsa a quase 50 mil universitários que retribuem prestando serviços nos programas Escola da Família e Jovens Acolhedores, que humanizaram o atendimento nas escolas públicas e nos hospitais públicos do Estado.
O presidente Lula tem de ser informado, também, que foram criadas, pelo governo estadual, 5.500 novas vagas na USP, na Unicamp e na Unesp, um crescimento de 37% em relação a 2001. Entregamos 17 novas Faculdades de Tecnologia. Inauguramos 26 novas escolas técnicas em todo o Estado. Construímos um novo campus da USP na zona leste, um outro em São Carlos, oito novos campi da Unesp e já está em licitação o projeto do novo campus da Unicamp, em Limeira.
Eu, que lecionei em cursinho para pagar os meus estudos, sei muito bem o valor que a educação tem na vida das pessoas. E, por isso, não faço propaganda enganosa, muito menos demagogia, com um assunto tão sério e essencial para o desenvolvimento do Brasil."

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