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Tranqüilidade para trabalhar

Dias atrás, se alguém perguntasse a um vereador qualquer na Câmara de Boa Vista, como estavam indo as coisas, principalmente com relação ao prefeito recém-empossado, a resposta era curta e grossa, apesar de nada esclarecedora: assim, assim! Isso, não importando o lado ou facção do interrogado. Dias passados, a coisa mudou de figura. Uns responderão: muito bom! Outros, nem tanto.


 Por Francisco Espiridião

 

Dias atrás, se alguém perguntasse a um vereador qualquer na Câmara de Boa Vista, como estavam indo as coisas, principalmente com relação ao prefeito recém-empossado, a resposta era curta e grossa, apesar de nada esclarecedora: assim, assim! Isso, não importando o lado ou facção do interrogado. Dias passados, a coisa mudou de figura. Uns responderão: muito bom! Outros, nem tanto. 

Ao herdar um mandato de dois anos e pouco mais de meio no Palácio 9 de Julho, o prefeito Iradilson Sampaio parece estar buscando um consenso entre as diversas facções estacionadas no legislativo municipal.

Antes, ainda no período de pôr o pé no chão e se inteirar bem de onde estava pisando, o novo prefeito era visto com alguma ponta de desconfiança por todos. Hoje a história é outra.

Quem mais está de bem com a vida e com o novel prefeito é aquela facção que durante o período de Teresa Jucá no comando se sentia peixe fora d'água. Entre eles, Zé Reinaldo (PMDB) e Paulinho Marquioro (PSDB), presidente e vice da Casa, respectivamente. 

Apesar de não ter declarado de viva voz nenhuma opção por grupos isolados dentro da Câmara, o prefeito tem demonstrado sobejamente o interesse de governar com todos. Infelizmente, em política, quem tenta acomodar todo mundo, acaba sozinho. E parece que é isso o que está acontecendo por aquelas bandas. É bom Iradilson abrir o olho.

Ao elegantemente dar guarida ao grupo escanteado durante a gestão de Teresa Jucá, o prefeito suscita nos demais uma espécie de ciúme que, queira ou não, termina gerando um descontentamento, um zum-zum-zum esquisito, mesmo não sendo essa a sua intenção.

Aliás, o que Iradilson mais deseja - e deve - no mundo é paz e tranqüilidade para fazer um bom governo nestes cerca de 900 dias vindouros. Disso vai depender o que, em tese, seria a sua proposta maior: deixar de ser herdeiro e tornar-se o legítimo titular da cobiçada cadeira de prefeito da Capital roraimense.

Se vai conseguir, só o tempo dirá. 

 

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