- 29 de outubro de 2024
Mariana Flores
Da equipe do Correio
Gustavo Moreno/Especial para o CB/24.5.06 |
Funcionários do Banco Central, em greve, deverão receber reajuste em duas etapas de 6% retroativo a janeiro e outro de 4% a partir de 1º de junho |
INSS pára de hoje até sexta-feira Luciano Pires Da equipe do Correio
Quem depende do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e de outros órgãos públicos ligados aos ministérios da Saúde e Trabalho deve reviver a partir de hoje um velho drama. Servidores de 14 estados, além do Distrito Federal, prometem entrar em greve em protesto contra o descumprimento de acordos fechados com o governo no ano passado, e que resultaram no fim de uma paralisação de 72 dias. O atendimento, de acordo com a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), será retomado na sexta-feira. Para tentar abortar a greve, o Ministério da Previdência convocou ontem representantes dos trabalhadores para uma reunião. Segundo relato de um dos participantes, o ministro Nelson Machado apelou para o entendimento e uma saída negociada. "Vocês não estão querendo que as coisas avancem", teria dito aos sindicalistas. "Vamos ter que cortar o ponto", ameaçou. Os servidores cobraram mais empenho do ministério e do governo na implantação do plano de carreira e das melhorias estruturais prometidas em 2005. Outra exigência é a remodelação do método que avalia o desempenho profissional dos trabalhadores do INSS. A greve de três dias deverá comprometer o funcionamento de agências do instituto e delegacias regionais do trabalho nas seguintes unidades da federação: Paraná, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Sergipe, Roraima, Bahia, Amazonas e Distrito Federal. Hoje, pela manhã, sindicatos prometem um ato público na Esplanada dos Ministérios. No encontro com Nelson Machado, os servidores acertaram uma reunião ampliada - com as presenças de outros ministros e técnicos da Secretaria de Recursos Humanos - para tentar encontrar uma saída. A Fenasps não descarta estender a paralisação, caso as negociações não avancem. Amanhã, haverá uma assembléia nacional de avaliação do movimento. O governo diz que confia no consenso e não aposta em uma greve superior às 72 horas anunciadas pela federação que representa os servidores. |
Protesto na Junta Na manhã de hoje os contabilistas farão um protesto em frente à Junta Comercial pelo fim da greve. "A paralisação dos servidores da Junta afeta diretamente as empresas do Distrito Federal, comprometendo, por exemplo, a abertura de novas empresas, ou a participação em concorrências públicas. Os mais de 13 mil contabilistas do DF ficam impossibilitados de executar seu trabalho", afirma o presidente em exercício do Conselho Regional de Contabilidade, Antônio César de Matos. O empresariado local também tem se mexido para tentar colocar um fim à greve. Com essa finalidade, os atacadistas da cidade enviaram ofícios aos ministros de três pastas diferentes (Desenvolvimento, Planejamento e Casa Civil ) pedindo maior agilidade do governo nas negociações. Excluídos dessa primeira medida provisória, os funcionários da Junta Comercial mantêm a greve iniciada em 24 de março. Ligados ao Ministério do Desenvolvimento, a expectativa é que sejam contemplados com o reajuste previsto para o PCC (Plano de Classificação de Cargos), mas que não sejam atendidos na reivindicação de criação do plano de cargos. Enquanto isso, os prejuízos se acumulam. Já são cerca de 9 mil o número de processos parados, de constituição, alteração e extinção de pessoas jurídicas. (MF) |