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O mais e o menos confiável

A julgar pelo comportamento de Ottomar Pinto na última eleição municipal, há dois anos (2004), onde ele lançou o ex-prefeito Júlio Martins, é de se pensar e repensar dobrado. Ottomar não votou naquela eleição. Viajou para o Rio de Janeiro na madrugada do domingo, 3 de outubro. Quem quizer comprovar basta ir à zona eleitoral e verificar pelo título eleitoral do brigadeiro, se ele votou ou pagou multa de R$ 3 por não ter votado naquela eleição, ou, pedir cópia da lista de embarque da Varig.


Edersen Lima, Editor

Brasília - Não queria estar na pele do eleitor roraimense.  Por falta de opções e renovação vai decidir num repeteco de 16 anos atrás quem será o próximo governador do estado tendo as mesmas criaturas daquela eleição de 1990 como principais candidatos. O novo, mas já desbotado pelas acusações de corrupção e desvio de dinheiro público, representado por Romero Jucá. E o velho, ainda mais velho e baquiado pela saúde, Ottomar Pinto.

Confiar o futuro do estado a um dos dois é questão de muita reflexão. Não é decisão que se pode tomar fácil. Tanto isso é verdade que qualquer pesquisa séria e honesta que se faça, dará um expressivo número de indecisos, de eleitores propensos ao voto em voto branco.

Eleger o governante de um estado é questão de confiança. A julgar pelo comportamento de Ottomar Pinto na última eleição municipal, há dois anos (2004), onde ele lançou o ex-prefeito Júlio Martins, é de se pensar e repensar dobrado.

Ottomar simplesmente não votou naquela eleição. Viajou para o Rio de Janeiro na madrugada do domingo, 3 de outubro. Quem quizer comprovar basta ir à zona eleitoral e verificar pelo título eleitoral do brigadeiro, se ele votou ou pagou multa de R$ 3 por não ter votado naquela eleição, ou, pedir cópia da lista de embarque da Varig. O próprio Júlio Martins acompanhou Ottomar ao aeroporto de Boa Vista, na noite de sábado, 2.

Sim, o eleitor tem como opção Ottomar Pinto que não vota nem no seu candidato a prefeito. Os motivos dele ter deixado seu candidato na chuva, só ele pode explicar. Mas não deixa de ser, no mínimo, deselegante e descompromissado, com quem confiou na sua indicação, com um monte de eleitores que votaram em Júlio por intermédio do velho brigadeiro. Como confiar em ações dessa natureza?

Por outro lado, Roraima tem Romero Jucá também como candidato a governador. Devedor do Basa. Homem que apresenta fazendas fantasmas como garantia de empréstimo. Acusado de desviar equipamentos e materiais de obras públicas. Tudo isso sem explicar ao eleitor. Como confiar em ações dessa natureza?

Estar hoje na pele do eleitor roraimense é estar numa encruzilhada de dúvidas sem se saber quem é mais ou quem é menos confiável.

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