MINIRREFORMA POLÍTICA PARA 2006

 Por Fernando Heder Nogueira

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou na última terça-feira (23), algumas mudanças para eleição de 01 de outubro. Esperava-se uma legislação mais rígida, no que compete aos gastos de campanha e ao famoso caixa dois, que alguns usam para buscar uma eleição tranqüila e não possa dar uma satisfação ao eleitor que lhe deu um voto de confiança através do mandato.

Quem assistiu à sessão do TSE pelo canal a cabo, na sua totalidade os Ministros estavam querendo por fim nas traquinagens de uma minoria dos políticos que usam como arma para sua campanha, como forma de conquistar os votos dos mais humildes.

A eleição ficará sem um colorido e alegria, por está sendo proibido à doação de botons, camisas, bonés, chaveiros, brindes, cestas básicas, e a divulgação mediante publicações, cartazes, broches ou dísticos em vestuário.

Os cantores de renome nacional, perderam a boquinha de faturar alguns milhões de reais dos políticos que às vezes utilizam até verbas públicas para pagar os grandes showmícios que atraem os seus fãs, e através da televisão conseguem mostrar no programa político do seu partido ou da coligação, que milhares de pessoas comparecem para apoiar o candidato, levando uma notícia mentirosa ao eleitor.

Muitos políticos vão querer burlar a legislação vigente para eleições de outubro de 2006. O TRE deve coibir rigidamente, punir os infratores e o tirando da disputa eleitoral, sem ter dois pesos e duas medidas.

Esperamos que nesse pleito vença os melhores, aqueles políticos que trabalharam pela melhoria de vida da população e não aqueles que enganam através de muita conversa e compra de votos.

IMPRENSA X ELEIÇÃO

Conclamo ainda a Diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais e do Sindicato dos Radialistas de Roraima, a se unir com o TRE e formarem um pacto entre todos os veículos de comunicação, na busca de levar programas construtivos, sem entrar em discussões pessoais que não levam a nada ao ouvinte ou telespectador.

Precisamos mostrar à sociedade que a imprensa roraimense é formada de profissionais inteligentes e que podem formar opinião sem puxar o saco de quem quer seja o político, mesmo sabendo que na sua maioria os órgãos de imprensa são ligados a grupos políticos.

Como se fala, a imprensa é o quarto poder. Mas precisa que aqueles que fazem parte dela tenham respeito e se respeitem, para depois cobrar posicionamento dos políticos.

Acredito que não vou agradar alguns políticos ou colegas de profissão, mas é preciso que se faça uma reflexão desse momento tortuoso que passa a política nacional e os profissionais de imprensa que vivem diariamente se agredindo uns aos outros. " A política passa e nós ficamos para contar a história".

Jornalista e Secretário Geral do Sinjoper