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Cristovam confirmado e Augusto pode ser candidato

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) é o candidato pedetista à Presidência da República. Em reunião realizada na tarde de ontem, a Executiva Nacional do partido aprovou indicativo para o lançamento da candidatura do ex-ministro à Presidência. A decisão deverá ser formalizada na convenção do partido, em 12 de junho. O partido aprovou também indicativos para o lançamento de candidaturas próprias em todos os estados, podendo aí ser confirmada a candidatura de Augusto Botelho em Roraima.


Edilson Rodrigues/CB/24.4.06
Cristovam Buarque: decisão da executiva será formalizada na convenção do partido, em junho
 
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) é o candidato pedetista à Presidência da República. Em reunião realizada na tarde de ontem, a Executiva Nacional do partido aprovou indicativo para o lançamento da candidatura do ex-ministro à Presidência. A decisão deverá ser formalizada na convenção do partido, em 12 de junho. O partido aprovou também indicativos para o lançamento de candidaturas próprias em todos os estados e de buscar aliança com o PPS.

Reportagem publicada pelo Correio na última sexta-feira antecipou que o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, iria defender o nome do senador brasiliense como candidato. "O Cristovam é o nosso nome", assegurou Lupi. A candidatura de Cristovam, na avaliação de Lupi, fortalece o partido mesmo sem ser competitiva. A avaliação é a de que o partido cresce com um candidato porque ajuda a eleger uma bancada maior na Câmara dos Deputados.

Em 2002, quando o PDT ficou fora da briga pelo Palácio do Planalto, a sigla teve uma das piores performances, com apenas 5,1% dos votos. Em 1994, mesmo quando Leonel Brizola ficou em quinto lugar, o PDT saiu-se melhor, com 8,5% dos votos. "Com candidato próprio, o partido pode reafirmar seus princípios, suas idéias e teses", analisou Lupi.

Desde o mês passado PDT e PPS discutem a unificação das candidaturas como "alternativa" ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A reunião de ontem, no Rio de Janeiro, ainda não estabeleceu uma definição sobre o assunto, que foi postergado para uma nova reunião, marcada para o dia 23. Neste encontro, que vai reunir a Executiva nacional, o Conselho Político e a bancada federal do PDT, deve sair uma posição definitiva sobre uma chapa com o PPS.

O deputado federal Roberto Freire (PE) foi ratificado como candidato à Presidência dos socialistas há uma semana. Mesmo sem uma definição oficial, Cristovam Buarque já tem viajado pelo país para apresentar seu programa de governo. O senador diz que o centro de sua campanha será a educação como caminho para a "integração social".

A cúpula do PDT também decidiu que a legenda deve procurar lançar candidato em todos os estados ou fazer alianças para estar ou na cabeça de chapa ou na vaga de vice-governador. Buarque governou o Distrito Federal (1995-1998) e foi eleito para o Senado em 2002, ainda pelo PT. No governo Lula, ocupou o Ministério da Educação (2003-2004). Pouco depois de sair do governo, ele entrou para o PDT.

O projeto de candidato único de um bloco de esquerda já era discutido desde o final do ano passado, mas passou por "crises" no início deste ano. Desde abril, representantes dos dois partidos iniciaram contatos diários para discutir um programa comum de governo.


Estilo "raivoso" de Heloísa
Adauto Cruz/CB/4.5.06
Heloísa Helena: "Com os canalhas, sou selvagem"
 

A pré-candidata do PSol à Presidência da República, senadora Heloísa Helena (AL), disse a estudantes da Bahia que manterá seu estilo "raivoso" na campanha presidencial sem nenhum marqueteiro para suavizar o discurso. "Com os canalhas sou selvagem, uma onça não domesticada", disse, garantindo que não vai aceitar dinheiro de "setores empresariais" nem contratará "nenhum Duda Mendonça". Ela resumiu seu discurso sobre o bem e o mal numa frase: "Quem serve ao dinheiro vai para o inferno, eu vou para o céu porque sou socialista".

A senadora foi convidada pelos alunos da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA) para participar do seminário "Comunicação e Política" e aproveitou a crise na segurança pública para criticar os poderes constituídos e os grupos econômicos. Disse não aceitar que "as ilustres excelências delinqüentes" passeiem em carros blindados e policiais que combatem o crime não recebam tal equipamento, além de usarem coletes à prova de balas vencidos.

Parlamentares
A senadora voltou a atacar os colegas parlamentares ao dizer que no Congresso e na política no Brasil é onde estão "mais pessoas que não prestam". Ela qualificou os partidos que apóiam o governo de "bases bajulatórias" que servem apenas para "articular conluios com o Executivo". Sobre a Justiça disse que escritórios de advocacia "compram" facilmente sentenças e não livrou também os meios de comunicação que teriam a função de convencer as pessoas a aprovar as políticas impostas pelo governo. "A mídia acaba reproduzindo essa inserção do neoliberalismo (na vida do brasileiro), uma opção cretina e ridícula". Segundo Heloísa Helena, apesar dos problemas, em todas as áreas há exceções.

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