- 29 de outubro de 2024
Os legislativos dos estados de Roraima e de Bolívar estão em diálogo permanente no intuito de viabilizar os acordos bilaterais. Existem avanços nas áreas de educação, turismo e abastecimento de combustíveis, sobretudo para os brasileiros que atuam no setor de transporte.
Na última reunião, ocorrida no Conselho Legislativo de Bolívar, os temas foram comentados observando três "peneiras" para que saiam do papel: política, técnica e jurídica. "A implementação dos acordos depende de planejamento", disse o deputado Raul Lima (PMDB).
Esse também é o entendimento de parlamentares de Bolívar. Francisco Jimenez destacou que os avanços das propostas dependem de aspectos diversos e os acordos não podem ser jogados aleatoriamente. "Estamos fazendo estudos de viabilidade em cada área", frisou.
No setor educacional, por exemplo, a vontade política dos Estados esbarra em questões jurídicas nacionais. Certificados de universidades de Bolívar não são reconhecidos no Brasil. Apesar do entrave, Raul Lima falou que o caminho está aberto para formalização de convênios.
O passo inicial seria a Universidade Estadual de Roraima reconhecer o diploma de instituições de ensino superior de Bolívar. As faculdades particulares também estão inseridas no intercâmbio. Alunos e professores da Atual viajarão no dia 25 deste mês à Venezuela.
COMBUSTÍVEIS - A importação de combustíveis também enfrenta obstáculos jurídicos, apesar de viabilidade técnica e disposição política. Outro problema abordado envolve a limitação no abastecimento de táxis e caminhões em operação nos postos de Santa Elena de Uairén.
O Exército venezuelano impôs dias alternados. Ao analisar resolução do Ministério de Minas e Energia da Venezuela, o governador de Bolívar, general Francisco Rangel, se comprometeu em resolver o impasse para garantir abastecimento diário de 80 litros aos táxis.
TURISMO - Na área de turismo, Raul Lima destacou que os venezuelanos estão despertando para a necessidade de ampliar a estruturação para receber os brasileiros no período da Copa América de 2007. O temor dele é que a burocratização da fronteira gere filas quilométricas.
A Câmara Brasileira Venezuelana de Comércio e Indústria de Roraima está buscando junto ao comitê organizador da competição para que ingressos sejam comercializados por empresas de Boa Vista, algo que facilitaria a compra por brasileiros em todos os estados.