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Teresa enfrenta duas novas denúncias

A ex-prefeita de Boa Vista (RR), Teresa Jucá (PPS), foi denunciada juntamente com seu marido, senador Romero Jucá Filho (PMDB-RR), na Controladoria Geral da União (CGU) e no Tribunal de Contas da União (TCU). As representações foram assinadas na última quarta-feira (10), pelo jornalista Márcio Accioly.


Brasília - A ex-prefeita de Boa Vista (RR), Teresa Jucá (PPS), foi denunciada juntamente com seu marido, senador Romero Jucá Filho (PMDB-RR), na Controladoria Geral da União (CGU) e no Tribunal de Contas da União (TCU). As representações foram assinadas na última quarta-feira (10), pelo jornalista Márcio Accioly.
Os documentos estão embasados em depoimento prestado pelo engenheiro Cláudio Roberto Firmino de Oliveira, ao Ministério Público Federal (Procuradoria da República em Roraima), no dia 31 de janeiro do corrente ano.
O engenheiro acusa Jucá de ser o verdadeiro proprietário da empresa Soma, responsável pela construção do Terminal de Ônibus do Caimbé, bairro da capital roraimense, à época em que Teresa comandava a Prefeitura (2000-2006).
Além dessa acusação, Cláudio Roberto listou cinco centrais de ar condicionado, um transformador de energia e outros materiais que teriam sido desviados da obra e levados para uma produtora de TV pertencente ao senador.
Accioly pediu providências junto ao ministro Jorge Hage Sobrinho (Transparência do Governo Federal) e Adilson Motta (TCU), já que parte dos recursos financeiros utilizados na obra teve origem em convênios assinados entre a Prefeitura Municipal de Boa Vista e instituições federais.
De acordo com a denúncia, os recursos vieram "notadamente da Suframa e do Ministério da Integração Nacional", justificando, portanto, ação investigativa por parte dos órgãos aos quais as representações foram dirigidas.
Em contato com veículos de imprensa da Capital Federal, o jornalista disse ser indispensável uma "profunda reflexão" por parte dos que irão votar nas eleições de outubro próximo, "para que não sejam reconduzidos candidatos envolvidos com fatos nebulosos".
Ele falou a respeito da duração do mandato senatorial, lembrando que entrou com três pedidos de cassação do mandato do senador Romero Jucá Filho e "todos foram negados pelo presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto (PMDB-MA)".
Na opinião de Accioly, "a decisão maior, em última instância, será da eleitora e do eleitor, quando comparecerem às urnas em outubro próximo. O mandato senatorial tem a duração de oito anos, mas o ato de eleger o representante leva apenas alguns segundos". Para o jornalista, é preciso estar bem consciente diante da urna.
"Falar mal do governo, reclamar das péssimas condições sociais e votar num candidato cercado de denúncias de corrupção é fazer penitência ao contrário", aduziu. "O que se deveria pensar agora é numa faxina moral, banindo aqueles que nada de positivo têm acrescentado à vida pública".
Na opinião de Márcio Accioly, "cada cidadã e cada cidadão devem pensar nos seus filhos e no que pretende legar às gerações futuras". Segundo ele, não se deve agir com emoção, achando que se irá punir determinado adversário, ao se votar num candidato contrário.
"O voto mal concedido irá punir o próprio eleitor, voltando-se contra si como se fosse um bumerangue. No caso do Senado, a oportunidade para uma possível correção só será possível oito anos depois", finalizou.

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