Luciano cobra negociação do governo com os auditores fiscais

Por Mariana Pinheiro

A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, realizou nesta quarta-feira, (10/04), uma audiência pública para discutir propostas de reajuste salarial e a elaboração de um plano de carreira para os auditores fiscais da Receita Federal.

O presidente do Unafisco sindical em Roraima, Roney Corrêa, encaminhou ao líder do Partido Liberal, deputado Luciano Castro, uma pauta de reivindicações dos auditores fiscais da Receita Federal, à partir daí surgiu a iniciativa da realização da audiência pública. O debate foi requerido pelo deputado Luciano Castro (PL-RR).

Participaram da audiência os presidentes do Unafisco Sindical, Carlos André Soares Nogueira; e do Conselho de Delegados Sindicais (CDS), José Guilherme Cazumba Parente; além do representante do Unafisco Sindical em Roraima Roney Sandro Freire Corrêa.

Durante a reunião, o deputado Luciano Castro criticou a ausência de representantes dos ministérios da Fazenda e Planejamento, que foram convidados para o debate. Segundo o líder, houve desrespeito e descaso com a categoria.

Luciano Castro disse que a maior meta do governo federal nos últimos anos, desde o Governo Fernando Henrique, é o superávit primário para garantir o equilíbrio da política macroeconômica. Na sua opinião, o cumprimento dessa meta tem sido possível, principalmente, pelo aumento a arrecadação fiscal. "Todo mês, a gente vê a Receita batendo recordes de arrecadação, vê a eficiência da máquina arrecadatória. Quem mais tem contribuído para a política econômica do governo são os auditores fiscais da Receita", avaliou.

O presidente do Unafisco Sindical, Carlos André Soares Nogueira, afirmou que os auditores fiscais darão continuidade à greve iniciada na última terça-feira, (02/04), até que o governo reveja sua posição de não negociar. Nogueira lamentou a falta de valorização dos auditores e ressaltou que a categoria tem se empenhado cada vez mais no combate à sonegação fiscal e na busca de recursos necessários para que o Estado desenvolva suas políticas públicas.
Ao participar de audiência pública na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, o presidente do Unafisco lembrou que a greve foi deflagrada após cinco meses de negocição junto ao governo campanha salarial. Nesse período, o governo não apresentou uma proposta que permitisse o início de negociação com os servidores.

Luciano Castro acredita que a greve termine assim que o governo decidir negociar com a categoria. Os funcionários da Receita voltarão a trabalhar normalmente, pois o país precisa dos auditores da receita para continuar a arrecadação, finalizou Castro.