- 29 de outubro de 2024
Numa audiência mantida com o presidente da República, meses antes de decidida a homologação da reserva indígena Raposa/Serra do Sol, o governador de Roraima, Ottomar de Sousa Pinto (PSDB), ouviu do mais alto mandatário nacional a seguinte pérola:
"-Já estou de saco cheio com pressões internacionais com relação à Raposa/Serra do Sol. Em tudo que é reunião e encontro, seja na ONU, nos EUA, ou na Europa, todo mundo fica me cobrando a reserva".
Naquele tempo, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, ainda não havia comunicado à imprensa que sua excelência, Dom Luiz Inácio (PT-SP), havia deixado de beber. O fato é que, bebendo ou não, ele terminou por assinar decreto que alterou de maneira contundente a vida de milhares de pessoas.
Agora, levantamento efetuado por Comissão de Peritos, designada pelo juiz federal Hélder Girão Barreto (com o objetivo de elaborar documento reunindo todos os dados referentes à questão), concluiu que o ministro da Justiça (Márcio Thomaz Bastos) e o presidente da República "foram enganados".
Como este é o governo do engodo, da roubalheira e da falta de vergonha, a nação inteira vive empulhada. Dom Luiz Inácio, nosso amável beberrão, é criatura que vive sendo enganada permanentemente.
No seu desconhecimento, amplia-se o sofrimento de centenas de famílias que vão sendo afastadas de propriedades ocupadas há décadas, só encontrando similar (guardando-se as proporções), na coletivização stalinista da extinta União Soviética.
Quando acontecerá o basta clamado às atividades quadrilheiras e criminosas dos que ora ocupam o poder e ditam normas a bel prazer? Que provas mais serão ainda necessárias, na constatação de que o crime organizado se encontra instalado no Estado brasileiro?
Ao assumir a presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), na última quinta-feira (05), o ministro Marco Aurélio afirmou que o país atravessa "um fosso moral e ético". E acrescentou que o Brasil tornou-se um país do faz-de-conta:
"-Faz de conta que não se produziu o maior dos escândalos nacionais, que os culpados nada sabiam - o que lhes daria uma carta de alforria prévia para continuar agindo como se nada de mal houvessem feito. Faz de conta que não foram usadas as mais descaradas falcatruas para desviar milhões de reais, num prejuízo irreversível em país de tantos miseráveis".
Já está mais do que constatada a gravíssima situação. O que se pretende saber é que medidas serão tomadas para impedir, por exemplo, que notórios assaltantes dos cofres públicos sejam candidatos à reeleição?
Que bandidos comprovados serão impedidos de disputar mandatos eletivos, comprando votos e manipulando a representação política? Esse tipo de democracia, tão louvada no nosso país, é uma fraude. Basta passar os olhos nas centenas de assaltantes investidos como "autoridades", verdadeiros ladrões do dinheiro público.
É indispensável que se revertam medidas atentatórias ao interesse nacional, tomadas por presidentes lesa-pátria, dilapidadores do patrimônio público. É só lembrar as ações de FHC (1995-2003), exaltado pela mídia nos seus oito anos de nefasta gestão.
A sociedade brasileira precisa estar atenta ao desenrolar dos acontecimentos, na defesa do interesse coletivo. Ou se eliminam os bandoleiros despreparados que infestam a nossa vida pública, ou seremos corroídos pelo desespero e pela ruína.
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