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AVIAÇÃO - Ações da Varig disparam

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que o governo não colocará dinheiro público na Varig. Em coletiva improvisada durante o Feirão da Casa Própria, em São Paulo, ele falou pela primeira vez sobre a crise da companhia aérea. Perguntado sobre que orientação política o governo daria para a questão, já que a companhia aérea não consegue sequer pagar as taxas aeroportuárias ele acenou com a possibilidade de o governo financiar o comprador da empresa.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que o governo não colocará dinheiro público na Varig. Em coletiva improvisada durante o Feirão da Casa Própria, em São Paulo, ele falou pela primeira vez sobre a crise da companhia aérea. Perguntado sobre que orientação política o governo daria para a questão, já que a companhia aérea não consegue sequer pagar as taxas aeroportuárias ele acenou com a possibilidade de o governo financiar o comprador da empresa.

"Isso não é uma novidade. Há muito tempo que a Varig está em uma situação muito complicada. Tenho dito publicamente que o governo não vai colocar dinheiro público. O que nós podemos fazer é financiar a salvação da Varig desde que a empresa cumpra o seu papel. A Varig como outras empresas do Brasil viraram uma espécie de paixão nacional, mas nós não podemos tratar essas coisas com o coração, mas sim com racionalidade de uma empresa privada", afirmou o presidente.

As declarações de Lula tiveram efeito imediato no mercado financeiro e as ações preferenciais da Varig subiram 53,4% no final da manhã e acumularam alta de 83,51% na semana. Segundo analistas, a alta está relacionada aos vários indícios recentes de que o governo está empenhado em buscar uma solução para a empresa.

Chama a atenção do mercado a mudança do tom do governo em relação à empresa. Se há bem pouco tempo representantes do governo diziam que nada poderia ser feito pela empresa, agora o próprio presidente sinaliza boa vontade, ainda que ponderando a necessidade de uma solução de mercado. "Em ano eleitoral, a gente não pode esquecer as pressões de mercado", comentou um analista.

Querosene
A Petrobras confirmou o aumento de 5,5% no preço do combustível de aviação, a partir de 1º de maio. No acumulado do ano, o preço do produto já acumula alta de 18%. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) informou, em nota, que o aumento foi bem superior à inflação do período, medida pelo índice IGP-M, que foi de 1,55%. Os reajustes do combustível são realizados a cada 15 dias. O último aumento, aplicado em 16 de abril, já tinha sido de 5,5%. De acordo com o Sindicato, o combustível representa de 30% a 60% dos custos operacionais das transportadoras aéreas no Brasil dependendo do perfil de cada empresa.


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