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op nova


Ideía
A idéia que se tem de Justiça é que ela serve para que as leis sejam cumpridas, para que o estado de direito prevaleça, para amendrontar e condenar bandidos e criminosos; e não para prevaricar e amendrontar pessoas de bem com ameaças de não ser(a justiça) cumprida.

Pode?
O juiz Paulo César, da 7ª Vara, não gostou nenhum pouco do editorial "A parte que lhe cabe deste latifúndio", que criticou a morosidade da justiça roraimense em julgar um processo de reconhecimento de paternidade.
O juiz, cheio de razão, chamou o advogado da mãe que pede o reconhecimento de paternidade do seu filho e deu demonstrações de que o processo que já dura cinco anos, poderia levar mais tempo. Pode um negócio desse?

Empregado do contribuinte
Tão servidor público como a dona Raimundinha faxineira da escola Monteiro Lobato, o juiz Paulo César, no entanto, por ter responsabilidades maiores, ganha 50 vezes mais para julgar processos. Porém, se em cinco anos não conseguiu decidir por uma ação de paternidade, é melhor pedir ajuda ou reconhecer a incapacidade em resolvê-lo, pois como todo funcionário público que recebe salário por seu trabalho, continuar recebendo por aquilo que não consegue executar não é justo.

Alheio
Ontem, a mãe da criança, Daniella Assunção procurou o juiz Paulo César para tratar de sua zanga com o seu advogado que não teve qualquer responsabilidade pelo editorial. Paulo César não a recebeu.

Lucas
O processo ao qual o editorial se referiu trata do reconhecimento de paternidade do pequeno Lucas, de seis anos, criança doce, muito inteligente, super carinhoso com as pessoas, mas que, infelizmente, quase todas as semanas, pelo menos uma noite, tem que dormir nos prontos socorros e hospitais públicos de Boa Vista.
Lucas sofre de asma crônica que volta e meia o impede de respirar.

Enquanto isso
A desatenção, por assim dizer, do promotor Ademar Loiola e a falta de...  sabe-se lá o quê, da 7ª Vara em decidir sobre o processo de Lucas parece mais com um jogo chato de ping-pong. Hora está no MPE. Hora está com o juiz. Outra hora volta para o MPE. Depois se encontra na 7ª Vara.
Enquanto isso, Lucas sofre por mais auxílio. Sua mãe ganha pouco e é só com ela que ele pode contar. A justiça não executa seu dever e sua obrigação nesse caso. Mas os salários e demais benefícios de quem, por obra e graça do Divino não passam o que a mãe de Luca passa, estão em dia.

Campeonato
Em outras sociedades, esse jogo de lá prá cá com o processo do pequeno Lucas seria classificado de "campeonato de sacanagem".

"Promotorzinho"
Vendo o caso de Lucas e lembrando o senador Romero Jucá que chamou um promotor do MPE de "promotorzinho", não demorará muito vai aparecer alguém mais indignado e injustamente chamar juiz de "juizinho".
No caso do MPE não apareceu um membro para enquadrar Romero Jucá.

Chama o Jucá

O promotor do processo de Lucas, Ademar Loiola, certa vez irritado com com os questionamentos de Daniella Assunção lhe avisou que poderia processá-la. ~Eta coisa engraçada. Promotor de Justiça não promove a justiça e ainda acha ruim. Chama o Romero Jucá !

Surpresa?
Será surpresa se daqui a mais 30 dias o site www.fontebrasil.com.br abordar novamente a morosidade da justiça tendo ainda o processo de Lucas como exemplo de... sabe-se lá o quê?

O pior

O mais lamentável e vergonhoso é que independente quem seja A ou B, da mãe revoltada, do site "marronzista" que cobra mais trabalho, a Justiça e o MPE condenem  um inocente: Lucas Assunção.

A partir de hoje até que a justiça de Roraima decida o processo de Lucas Assunção, a coluna exibirá o némero de dias que o processo anda, anda e não sai do lugar na 7ª Vara desde que foi apresentado em 21 de julho de 2001.

Hoje, 27 de abril de 2006 fazem 1.740 dias que a Justiça não cumpre o seu dever.

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