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EDITORIAL - É hora de fazer a hora

Não cabe dúvida que o desenvolvimento de Roraima está voltado para o Norte. A infra-estrutura necessária foi criada durante a gestão de Neudo Campos. Agora, faz-se necessário um planejamento inteligente, principalmente no que tange ao turismo. Hoje, só a Venezuela se beneficia desse veio de desenvolvimento. É grande o número de roraimenses que gasta seu suado dinheirinho se deliciando com as belezas do país vizinho, preferencialmente a Ilha de Margarita.


Roraima vive período dos mais inférteis de sua história de estado federado. Tudo por falta de políticas claras de desenvolvimento. Há de se considerar nesse imbróglio o conturbado processo sucessório que, por mais que se queira, ainda não chegou ao fim.

Uma das saídas no curto prazo poderia ser o comércio com a Venezuela. O vizinho país, cuja fronteira fica a exatos 200 quilômetros da Capital roraimense, dispõe de uma população do tamanho da do estado de São Paulo, ávida por consumir produtos brasileiros, haja vista ser uma economia que se mantém exclusivamente da produção de petróleo.

A Venezuela importa o frango, carnes e laticínios, produtos agrícolas, produtos industrializados, enfim, toda uma gama de produtos que poderiam ser fornecidos por Roraima. Até mesmo veículos poderiam ser exportados via Roraima.

Fazendo-se hoje um paralelo com o período em que o estado teve o maior fluxo de entendimentos com a Venezuela, no goveno Neudo Campos, a defasagem em termos de desenvolvimento é de proporções geométricas. Aquele governo teve lá suas manchas, mas bem ou mal foi o período em que Roraima experimentou crescimento inquestionável. Pode-se falar tudo do governo de Neudo, menos que não foi na sua administração que as obras mais importantes e necessárias para Roraima foram realizadas.

Vários gargalos foram eliminados por aquele governo, a ponto de mudar a vida do roraimense. Para melhor. Um deles, o fornecimento de energia elétrica. O contrato de abastecimento a partir do Complexo de Macágua - Guri-Venezuela - garante perenidade de energia por um período mínimo de 20 anos. Acabaram-se, portanto, os incômodos do racionamento - três horas com energia, seis às escuras.

Antes do governo Neudo, qualquer roraimense que quisesse ir de Boa Vista para Manaus usando a BR-174, lançava-se numa aventura inominável. Se a viagem fosse no inverno, então, poderia durar até três dias, em razão dos atoleiros.

A tenacidade do governo Neudo resultou no asfaltamento de toda a BR, diminuindo a viagem para no máximo onze horas, mesmo durante o período de inverno, quando alguns trechos requerem maior atenção.

Outro gargalo, a travessia do rio Branco em Caracaraí, foi eliminado com a construção da ponte, ainda no governo Neudo. Antes, a travessia era feita por balsas, atrasando a viagem em pelo menos três horas. Desde de 2000 faz o trecho Boa Vista/Manaus em menos de 10 horas de carro.

Não cabe dúvida que o desenvolvimento de Roraima está voltado para o Norte. A infra-estrutura necessária foi criada durante a gestão de Neudo Campos. Agora, faz-se necessário um planejamento inteligente, principalmente no que tange ao turismo. Hoje, só a Venezuela se beneficia desse veio de desenvolvimento.

É grande o número de roraimenses que gasta seu suado dinheirinho se deliciando com as belezas do país vizinho, preferencialmente a Ilha de Margarita. Roraima também tem suas belezas e encantos para estrangeiros - e brasileiros - contemplarem.

As cachoeiras de Garã-Garã e tantas outras incrustadas no município indígena de Uiramutã, e a cachoeira do Bem-Querer, no município de Caracaraí, são alguns dos pontos turísticos que valem uma viagem.

O mercado venezuelano foi estreitado agora, quando o ex-governador esteve à frente da Secretaria Estadual de Relações Fronteiriças. Resta agora a continuidade desse trabalho por parte do governo do Estado. Bom lembrar também que a iniciativa privada tem sua parcela de responsabilidade nesse processo.

Roraima não pode continuar no rame-rame diário, reclamando do governo federal, que tem mostrado ser padrasto dos mais cruéis. É preciso buscar alternativas. Pior do que está é permanecer na inércia. É hora de fazer a hora!

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