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Roraima tem nove deputados federais - Márcio Accioly

Existe até o caso de uma figura assustada com a rejeição no estado de origem (o ex-"bispo" Wanderval, ora transformado em deputado Wanderval Santos, PL), que transferiu domicílio eleitoral de São Paulo para Roraima, tentando iludir incautos. O problema não é transferir título, isso não importa. A questão maior é desrespeitar a legislação vigente pelos próprios elaborada.


Quem prestar atenção ao discurso de potenciais candidatos a cargos eletivos, notará que a radicalização aumenta, à medida que os dias correm. Os mais radicais são os que pleiteiam reeleição, em especial os que nada fizeram, fazem ou farão.
De repente, pessoas que atravessaram os últimos quatro anos tão somente no gozo de mordomias, malfeitos e atos ilícitos (para o enriquecimento pessoal), tratam agora da conquista de novo mandato. Muito embora, no saldo de suas realizações, não seja possível levantar nada de positivo ou concreto.
Existe até o caso de uma figura assustada com a rejeição no estado de origem (o ex-"bispo" Wanderval, ora transformado em deputado Wanderval Santos, PL), que transferiu domicílio eleitoral de São Paulo para Roraima, tentando iludir incautos.
O problema não é transferir título, isso não importa. A questão maior é desrespeitar a legislação vigente pelos próprios elaborada. À época que se transferiu para o Amapá (1989), o então presidente da República (1985-90), José Sarney, foi bombardeado pelos meios de comunicação, Folha de S. Paulo à frente.
O endereço residencial que sua excelência apresentou no então território federal correspondia ao de um terreno baldio. De maneira que as cabeças mais coroadas da República são as primeiras a desmoralizarem as regras. E nada acontece.
Dá-se um prêmio a quem, no estado de Roraima, tenha alguma vez constatado a presença, ou até mesmo esbarrado (num restaurante, supermercado ou culto religioso), com o ex-"bispo" Wanderval. E, no entanto, ele é hoje deputado federal por este estado. O que eleva o seu número de representantes parlamentares para um total de doze.
Ninguém jamais ouviu qualquer relato a respeito da presença do ex-"bispo" por essas bandas, antes de denunciado pelo desvio de 150 mil reais das arcas do publicitário Marcos Valério. Assim como não se conhece a forma de preferência de atuação do ilustríssimo, diante dos cofres públicos: se com gazua, estetoscópio, ou dinamite.
Como anda sempre bem vestido e é chamado de "excelência", tem agido com bem cuidados papéis, corretamente encaminhados, endossados e assinados. Postura a mais acobertada possível, ilegal.
E como é regra geral entre tais tipos, tomar parte de instituição religiosa (como se tentando ficar livre do enorme peso que deve emergir na consciência, vez por outra), depreende-se que tratam não apenas de enganar seus eleitores, mas ao próprio Jesus. Em tempos bicudos é cada vez mais difícil separar o joio do trigo.
A luta pela limpeza nas instituições e quadros político-partidários é incansável, dificílima. Se nós vivêssemos num país de vergonha, o presidente da República, Dom Luiz Inácio (PT-SP), nosso amável beberrão, já teria sido sumariamente afastado. Se sua excelência se ativesse a regras ou princípios, renunciaria. Mera ilusão.
A segunda fase das investigações sobre o mensalão, de acordo com matéria assinada por Josias de Souza, na Folha de S. Paulo (13/04), "deve ter como um dos alvos da Procuradoria da República" o presidente Dom Luiz Inácio. Porque nosso amável beberrão é, sim, chefe da quadrilha que se instalou no governo desde sua posse.
Apesar disso, deseja ampliar valores pagos em vários "programas sociais", instituídos pela camarilha do Planalto, na compra aberta de votos para se reeleger. A louvação e consolidação institucional do chamado crime organizado.
Diz-se que o presidente divide o país e que este corre risco de guerra civil, em caso de sua deposição. Se for afastado, nada irá acontecer, além de indispensável início de limpeza. O que falta é liderança e coragem. Só isso. Colocando o povo nas ruas.
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