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PESADELO CONTÍNUO - Marcio Accioly

Quiseram as armadilhas do destino que a denúncia enviada ao Supremo Tribunal Federal - STF -, pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando de Sousa, fosse temperada por pitada de ironia (que mais soou como escárnio), ao envolver exatos 40 personagens (só faltou Ali Babá).


Quiseram as armadilhas do destino que a denúncia enviada ao Supremo Tribunal Federal - STF -, pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando de Sousa, fosse temperada por pitada de ironia (que mais soou como escárnio), ao envolver exatos 40 personagens (só faltou Ali Babá).

Dividido em três partes, o documento de 136 páginas é encabeçado por cinco personagens principais: Zé Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares, Sílvio Pereira e o publicitário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza.

Eles são acusados, juntamente com mais 35 tristes figuras, de "formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, corrupção ativa e passiva, além de peculato".

Está aí o resumo de quase quatro anos de "governo" petista. Uma gestão que ainda não acabou e que aponta, incrivelmente, a possibilidade de reeleição do presidente Dom Luiz Inácio (PT-SP), nosso amável beberrão que nada sabe, ouve ou vê.

Diante de cenário tão pavoroso, cresce a necessidade de esclarecimento e de engajamento dos setores responsáveis que compõem a sociedade brasileira, com o fito de tentar evitar o agravamento de uma situação que poderá desaguar em confronto de imprevisível proporção.

O mais preocupante é verificar a pobreza de opções no quadro eleitoral, com a exposição de nomes que pouquíssimo trazem de concreto ao desejo geral de mudança. Não se observa ninguém capaz de empolgar ou de alimentar esperança. O desencanto é permanente!

O sentimento de indiferença se mescla com o de impotência, numa sociedade angustiada na tensão diária de acontecimentos que fogem aos ditames do bom senso e do equilíbrio.

O Estado brasileiro, dominado por meliantes e facínoras, não oferece abrigo ou respaldo ao cidadão comum que trabalha, cumpre seus deveres e busca apenas ser ressarcido nos seus direitos.

A atividade pública no Brasil, especialmente a que contempla cargos eletivos, desenha-se aos olhos de expressiva parcela como se fosse loteria, cujo prêmio principal é o desfrute livre dos recursos financeiros da coletividade.

No emaranhado de leis, estatutos, regimentos e normas, o que importa é conquistar o mandato a qualquer preço e, com ele, a condição de impune. Pouco importa o país ou seus rumos.

No Palácio do Planalto temos um presidente da República completamente desmoralizado, cercado por trupe das mais desqualificadas (sob o ponto de vista moral), a cometer os maiores absurdos.

Apesar disso, existe clima de perigosa apatia, como se a população estivesse a digerir massa de informações escabrosas, distribuída ao longo dos últimos meses.

No exato momento em que o procurador-geral da República faz sua denúncia, a campanha pela reeleição do atual presidente segue em ritmo frenético, na distribuição de recursos catalogados como "programas sociais", que nada mais são que a compra direta da consciência dos destituídos.

E na coordenação da campanha, noticiam diariamente os jornais, está o mesmo Zé Dirceu (PT-SP), ex-ministro chefe da Casa Civil, apontado na denúncia como chefe de uma quadrilha que assaltou os cofres públicos e cometeu os maiores crimes contra a administração pública federal e contra o Brasil. Quando tudo isso irá terminar?

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