E-mail aberto - DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS

De: Alexandre
Para: [email protected]
Data: 12/04/2006 11:09
Assunto: PARA EDERSEN

Está ficando cada vez mais claro que o Ministério Público do Estado de Roraima - MPE-RR, não tem a isenção necessária para tratar de algumas questões. Isso fica mais patente quando a questão é político-eleitoral e envolve hoje os dois pólos mais ásperos da política local, o grupo do senador Romero Jucá e o do governador Ottomar Pinto.

Para o segundo há o rigor e a celeridade da lei para o outro a omissão e mesmo quando alguma iniciativa é tomada, os procedimentos ocorrem como popularmente se diz: "a passos de tartaruga".

Antes se pensava que o excesso de "carinho" com o casal Jucá se dava por que a irmã do chefe do MPE é secretária de educação do município, comandado até pouco tempo pela prefeita Teresa Jucá, mas hoje está patente que há uma cultura da impunidade para com os atos de um grupo e a pressa em investigar e punir as ações feitas pelo outro.

Talvez o fato de ser polida, uma socialite, enquanto o governador é popular, povão, etc, explique tamanha deferência, mas o fato é que a postura do MPE é constrangedora, visto que são públicos os comentários de que o órgão tem um segundo chefe, no caso o senador Romero Jucá.

Romero Jucá, que já chamou de "promotorzinho" representantes do MPE em programa de rádio, sobre quem pesa uma série de denúncias, todas elas guardadas com o devido carinho em alguma gaveta da entidade. Contra a prefeita as investigações são lentas, embora as afrontas a lei não sejam poucas.

Por que será que isso ocorre? Por que as denúncias são feitas só contra o governo? Trata-se de incompetência dos assessores do governador que deixam o grupo Jucá solto para suas estripulias, ou o nosso MPE está mesmo doente, agindo parcialmente?

Alexandre Ribeiro