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Pedido de cassação de senador é reapresentado

No que se refere ao senador Romero Jucá Filho, de acordo com Márcio Accioly, todas as provas foram encaminhadas ao Conselho que só não tomou as providências exigidas "em função de acordo político amplamente divulgado na imprensa nacional, segundo o qual todos os senadores envolvidos em algum tipo de deslize, graves ou não, deveriam ter seus processos arquivados".


Brasília - O jornalista Márcio Accioly entrou ontem (11), no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, com um pedido de "reconsideração da decisão proferida" que determinou arquivar três representações em que solicitou a cassação do mandato do senador Romero Jucá Filho (PMDB-RR). Na alegação de Accioly, a decisão foi "gravemente equivocada", pois fundada no argumento de que "não há provas das infrações cometidas pelo indigitado senador, quando na verdade elas são abundantes nos autos das citadas representações". O pedido foi encaminhado ao presidente do Conselho, senador João Alberto (PMDB-MA), responsável pelo arquivamento. Em entrevista concedida à imprensa, o jornalista afirmou que o arquivamento das representações "deixa muito mal o Senado como instituição e causa danos morais por estimular a impunidade". Ele lembrou que até hoje o único senador cassado pela instituição foi Luiz Estevão (PMDB-DF), acusado no esquema que desviou cerca de 169 milhões de dólares na construção do prédio do TST em São Paulo. Na época, o relator do processo foi o senador Jefferson Peres (PDT-AM). No que se refere ao senador Romero Jucá Filho, de acordo com Márcio Accioly, todas as provas foram encaminhadas ao Conselho que só não tomou as providências exigidas "em função de acordo político amplamente divulgado na imprensa nacional, segundo o qual todos os senadores envolvidos em algum tipo de deslize, graves ou não, deveriam ter seus processos arquivados". Dessa forma, continuou Accioly, "escaparam o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), Eduardo Azeredo (PSDB-MG), envolvido no mensalão do publicitário mineiro Marcos Valério e Jucá Filho". Ele finalizou a entrevista dizendo acreditar "no senso de responsabilidade dos homens de bem que fazem parte desta Casa Legislativa, impedindo a louvação de desmandos que desmoralizam o Senado e consolidam maus exemplos que fortalecem um vívido sentimento de impotência no seio da população brasileira".

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