- 29 de outubro de 2024
Edersen Lima, Editor
Brasília - Não precisa ser matemático para saber que em política, às vezes, a soma, diminui. Romero e Teresa Jucá estão crentes de que, concorrendo os dois na mesma chapa, um vai somar votos para eleger o outro. Ele para o governo e ela para o Senado. Pode dar certo, como pode dar errado ou mais ou menos - onde um se daria bem e o outro não -.
A julgar pelas pesquisas até aqui realizadas e a única tornada pública hoje pela Folha de B. Vista, Teresa teria mais chances de ser senadora e Romero continuar sendo senador. Perderia feio para o governo.
Ainda com a pesquisa pipocando de mão em mão, duas especulações já correm soltas em Boa Vista. A primeira: Por ter bem menos rejeição que o marido, a ex-prefeita encararia ser a candidata do seu grupo ao governo numa reedição da disputa de 2000 para a Prefeitura, onde a bela enfrentou a "fera", encarnada por Ottomar Pinto, e venceu.
Segunda: A prioridade da oposição passa a ser eleger Teresa para o Senado restando a Romero fazer escada para a mulher dando-lhe um palanque. Porém isso lhe custaria praticamente um adeus a qualquer possibilidade de um dia ser governador do estado.
Hoje, o que a oposição mais ressente é da falta de aliados que somem votos de verdade. Nesta eleição, mais que as anteriores, o fator composição partidária será decisivo devido ao tiroteio de acusações mútuas de corrupção e desvio de dinheiro público que pautarão o horário eleitoral gratuíto de rádio e TV. Nesse ponto, quem somar com maior número de defensores e atacantes - os multiplicadores - realmente levará vantagem.