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SUCESSÃO - PSDB e PFL se bicam em 7 estados

Rio de Janeiro, Bahia, Sergipe, Alagoas, Maranhão, Goiás e Tocantins - nesses estados tucanos e pefelistas se digladiam. Rivalidades históricas estão criando dificuldades para a cúpula dos dois partidos, embora o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), e o presidente do PFL, Jorge Bornhausen (PFL) atuem como Cosme e Damião na articulação da coligação em torno do ex-governador paulista Geraldo Alckmin. Na verdade, a aliança celebrada em São Paulo, onde o PSDB entregou o Palácio dos Bandeirantes e a Prefeitura de São Paulo ao PFL, é que solidificou de imediato o acordo entre as duas legendas.


Luiz Carlos Azedo
Da equipe do Correio

Gustavo Moreno/Especial para o CB/4.4.06
Jorge Bornhausen (e) e Tasso Jereissati: muito trabalho para articular uma coligação em torno da candidatura do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin
 
Rio de Janeiro, Bahia, Sergipe, Alagoas, Maranhão, Goiás e Tocantins - nesses estados tucanos e pefelistas se digladiam. Rivalidades históricas estão criando dificuldades para a cúpula dos dois partidos, embora o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), e o presidente do PFL, Jorge Bornhausen (PFL) atuem como Cosme e Damião na articulação da coligação em torno do ex-governador paulista Geraldo Alckmin. Na verdade, a aliança celebrada em São Paulo, onde o PSDB entregou o Palácio dos Bandeirantes e a Prefeitura de São Paulo ao PFL, é que solidificou de imediato o acordo entre as duas legendas.

"Estamos trabalhando os 27 estados da Federação no sentido de compatibilizar as alianças, compatibilizar as candidaturas, especialmente majoritárias - governador e senador - e as bancadas também estão fazendo um esforço para ter boas bancadas tanto na área federal quanto na área estadual", afirma Alckmin.

Para neutralizar o desgaste causado por conflitos nos estados, a cúpula do PSDB também se esforça para dirimir qualquer dúvida em relação ao vice pefelista: se houver alguma mudança, será com aprovação do PFL. "A nossa negociação é que a vice-presidência é do PFL. Todavia, em uma campanha, somar é sempre positivo. Bornhausen tem sempre colocado que não será empecilho a nenhuma soma a essa aliança", garante o presidente do PSDB, Tasso Jereissati.

O candidato tucano procura minimizar as dificuldades nos estados, mesmo sabendo que elas podem ser fatais para quem precisa de muitos votos fora de São Paulo. "As questões agora estão limitadas a poucos estados. Pernambuco foi uma bela aliança conquistada pelo PSDB. Era um estado problema e, agora, conta com uma aliança de PMDB, PFL, PPS e PSDB, quatro partidos. Em São Paulo, que todo mundo dizia que era problemático, está super encaminhado. No Piauí estamos indo para fechar aliança com Firmino Filho (PSDB) com apoio do PFL do senador Heráclito Fortes", completa Alckmin.


Disputas regionais na agenda dos partidos

Sergipe
O caso mais grave de confronto entre os dois partidos, segundo o tesoureiro da Executiva Nacional do PFL, Saulo Queiroz, que acompanha as articulações regionais da legenda, é a situação de Sergipe. O ex-governador Albano Franco (PSDB), candidato ao Senado, aliou-se ao prefeito de Aracaju, o petista Marcelo Déda, para formar uma chapa contra o governador João Alves (PFL), candidato à reeleição.

Bahia
Outro estado onde tucanos e pefelistas vivem às turras é a Bahia. Novamente, o PSDB local, sob comando do líder do PSDB na Câmara, deputado Jutahy Magalhães Júnior, marcha para apoiar outro petista, o ex-ministro das Relações Institucionais Jaques Wagner, que encabeça uma ampla frente de oposição ao carlismo. A cúpula dos dois partidos, porém, acredita que o bom relacionamento entre o governador Paulo Souto (PFL), candidato à reeleição, e o ex-prefeito de Salvador Antônio Imbassay (PSDB), que disputa uma vaga ao Senado, pode neutralizar a posição do líder da bancada tucana na Câmara.

Maranhão
Evolução semelhante pode acontecer no Maranhão. A senadora Roseana Sarney, aliada do Palácio do Planalto, anda insatisfeita com a atuação do governo Lula no jogo eleitoral de seu estado. Apesar da oposição histórica do deputado Sebastião Madeira (PSDB-MA) ao clã Sarney, o candidato tucano ao Senado, o ex-governador João Castelo, é bastante simpático à candidatura de Roseana. O candidato aliado do governo Lula é o ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça, Édson Vidigal (PSB), apoiado pelo governador José Reynaldo, que rompeu com o ex-presidente José Sarney.

Alagoas
PFL e PSDB também trombaram em Alagoas, onde o candidato tucano a governador Teotônio Vilela Filho aliou-se ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e ao ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), ambos aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O deputado José Thomaz Nono (PFL), candidato ao Senado, vai apoiar João Lira Filho (PTB) ao governo estadual, em palanque rival.

Tocantins
No Tocantins, também é impossível um acordo. Os candidatos tucanos são o ex-governador Siqueira Campos, que quer voltar ao governo estadual, e seu filho, Eduardo Siqueira Campos, que deseja permanecer no Senado. A deputada pefelista Kátia Abreu concorre à vaga de senador, em aliança com o governador Marcelo Miranda (PMDB), candidato à reeleição.

Goiás
O governador Marconi Perillo (PSDB)encerra o segundo mandato com excelente aprovação, mas ainda não definiu o rumo que vai tomar
nas eleições. O PFL pressiona para que apóie a candidatura do senador Demósthenes Torres ao governo estadual.

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