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Assim nós vai dar com os burros nágua - Aroldo Pinheiro

A educação vai de mal a pior nas terras tupininquins. Sentimos calafrios cada vez que falam em reformas no setor: é chumbo grosso garantido para, cada vez mais, afundar o ensino. O PROUNI, por exemplo, pretende colocar minorias na universidade nivelando por baixo: ao invés de lutar por qualidade no ensino, o ministro da Educação baixou a nota mínima exigida para aprovação pelo programa: de 50 para 45.


                             Dar-se aulas de reforço para o 1º, 2º E 3º. ano   

                                      (PLaCA NUMA RESIDÊNCIA EM BOA VISTA, RR)

 

A educação vai de mal a pior nas terras tupininquins. Sentimos calafrios cada vez que falam em reformas no setor: é chumbo grosso garantido para, cada vez mais, afundar o ensino. O PROUNI, por exemplo, pretende colocar minorias na universidade nivelando por baixo: ao invés de lutar por  qualidade no ensino, o ministro da Educação baixou a nota mínima exigida para aprovação pelo programa: de 50 para 45.

O ministro das Relações Exteriores afirmou que a fluência na língua inglesa não será mais essencial na hora de selecionar aspirantes à carreira diplomática. Por que isso? Será pelo fato de que os candidatos a diplomata têm dificuldades com aquela língua?

O inglês é considerado o idioma comercial entre todos os povos: uma espécie de esperanto dos negócios. Os camelôs de cidades como o Rio de Janeiro tentam aprendê-lo para facilitar sua comunicação com turistas estrangeiros. Será que a medida  é tomada porque o Presidente da República e parte de seus ministros não dominam a língua de Shakespeare? Antes de deixar de exigir o inglês, não seria melhor que nossos homens públicos aprendessem, pelo menos, a língua portuguesa?

Há algum tempo, assisti no Programa do Jô à entrevista de um escritor que lançava um livro defendendo ser desnecessário o uso correto da língua portuguesa: o importante, para ele, é que a pessoa se faça entender. Tudo bem, "professor": porque o senhor não aproveita o momento e propõe aos nossos governantes a exclusão do ensino da língua de Camões em nossas escolas? A continuar com sumidades como essa, "nós vai dar com os burro nágua".

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Tive acesso às provas do Vestibular 2006 da Universidade Federal de Roraima; dá  pena ver as questões primárias apresentadas no exame que seria um funil para ingresso ao ensino superior: baixaram o nível das questões porque os estudantes sequer sabem ler; logo não têm capacidade de interpretação.

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Uma escola de nossa cidade apresentou na prova final para os alunos do segundo grau a seguinte questão: "A Guerra Fria azedou a diplomacia entre os Estados Unidos e a União Soviética.  Explique."

Um brilhante aluno, hoje acadêmico de medicina (Ai, meu Deus!), saiu-se com essa pérola: "A guerra-fria não foi nada mais do que uma briga comercial entre fabricantes de geladeiras que queriam dominar o mundo com a venda de seus produtos: a Brastemp, empresa americana e a Cônsul, empresa russa. Hoje, com o ajuntamento dessas duas empresas a guerra-fria entre aqueles países se acabou-se."

É. Se acabou-se tudo mesmo.

 

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