- 29 de outubro de 2024
Neste Dia do Jornalista, os roraimenses que engrossam a categoria ainda estão em busca de uma razão plausível para comemorar a data. Os que se encontram empregados, andam sobre o fio da navalha. Só escrevem o que os patrões querem ou... rua!
Existe um arremedo de sindicato instituído pela categoria que, infelizmente, não funciona como tal. Trata-se de entidade hermética, cuja diretoria formada unicamente pelo presidente, vive à sombra dos poderosos. Pouco ou nada fez ou faz pelos filiados. Demais membros da diretoria, ninguém sabe, ninguém viu.
O presidente está como sempre esteve. Comprometido até o pescoço com determinado grupo político que, de longas datas, mantém relações atávicas com a traquinice. Isso não é segredo para ninguém.
Assim, levado ao sabor de um vento pusilânime e títere, o sindicato mais parece um guardião dos interesses patronais. Sem ter a quem recorrer em suas lamúrias e infortúnios, os artesãos da comunicação social que se queixem ao bispo...
Mas hoje é o Dia do Jornalista. Dia de festa. Dia de alegria. Não é momento para desfiar novelos de lamentações. Que tal pensar que tudo tem jeito? Dizem por aí que no fim tudo vai dar certo. Se ainda não deu é porque ainda não chegou no fim. É tudo uma questão de ter esperança, de acreditar e mergulhar de cabeça numa feliz utopia.
Aos poucos, mudanças estão ocorrendo. Nestes últimos anos já foi possível ver alguns avanços. Os quadros da imprensa apresentam renovação. Os profissionais que saem formados do Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Roraima são um bom exemplo.
Os meios de comunicação também se revitalizam. A Internet, por exemplo, chegou causando revolução inédita em termos de agilidade na informação e na contextualização de fatos.
Representa a tecnologia ditando mudanças no processo de bem informar, de formar opinião, de manter a sociedade consciente daquilo que ocorre em seu derredor. Assim, não mais se deixará levar pelo "canto da sereia".
Diante dessa realidade, de nada mais adiantará cavalos velhos relincharem, pois as carroças do peleguismo e da bajulação não suportam a agilidade e velocidade da notícia como fato, da opinião como liberdade de expressão e do papel de cidadania que cabe a todo jornalista. Seja ele branco ou negro, flamenguista ou vascaíno, com ou sem diploma.