- 29 de outubro de 2024
A deputada Ângela Guadagnin (PT-SP), ao cair o véu, descobriu a besteira que fez ao aplaudir de forma acintosa e debochada a absolvição de um dos criminosos envolvidos com o mensalão. O deputado João Magno (PT-MG) havia sido condenado na Comissão de Ética da Câmara, de quem recebeu a recomendação expressa de perda do mandato. Mesmo assim, viu-se contemplado com a absolvição pura e simples. Recebeu salvo conduto para continuar fazendo suas traquinagens.
Depois de afrontar a ética e a lei, tripudiando sobre todos os brasileiros, a deputada desconversou, mostrando-se mais ridícula ainda. Disse que a "dança da imoralidade", também conhecida como "da pizza" não passou de uma "manifestação espontânea" de sua felicidade. Felicidade por ver a imoralidade se sobrepor à decência. Deboche dos mais baratos. Ficamos todos com nariz de palhaço.
Regionalizando o assunto, este Fontebrasil já está cansado de atuar contra a corrupção, contra o abuso de poder e contra as traquinagens de políticos que nenhum compromisso têm com Roraima, enquanto quem têm vez e voz se cala por pura covardia.
É desfaçatez pura o que ocorre. Quando colocamos nossa cara para bater, denunciando descalabros contra o erário, procedimentos escusos praticados por homens públicos que não honram as calças que vestem, recebemos afagos, telefonemas, e-mails de congratulação e apoio, dizendo achar muito bonito o que estamos fazendo.
Esses afagos partem, em sua grande maioria, de parlamentares, de gente importante que deveria usar a tribuna, seja em nível municipal, estadual ou federal, para fazer o mesmo, mas não o fazem por medo de represálias. Quando não, são os assessores que transmitem seus recados cheios de rapapés, que antes de nos enaltecer, causam náuseas.
Esse exemplo vem também de outros setores, como a imprensa - jornal, rádio e TV. Todos engessados e atrelados a maus políticos. Refletem o cúmulo da covardia e servidão, isso, porque não têm coragem de denunciar o rol de abusos e traquinagens praticados. Mas se dão ao luxo de se encher de empáfia para, de fachada, aprovar quem não se rende ao sistema espúrio.
Chega de hipocrisia. A esperança deste Fontebrasil reside nas gerações futuras, que se encontram hoje nos bancos de universidade, aprendendo o que é cidadania de fato e de direito, formando novo pensamento e, quiçá, deixando para trás o exemplo nada respeitoso que tem recebido até aqui. A partir daí, acreditamos mesmo, novos tempos virão.